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Diplomação em São Paulo é marcada por confusão e troca de ofensas

A confusão ocorreu quando membros da Bancada Ativista do PSOL foram barrados por seguranças do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ao tentarem subir ao palco

Sala São Paulo: O tumulto foi tão grande que a sessão de diplomação teve de ser interrompida por cerca de 15 minutos (Germano Lüders/Exame)

Sala São Paulo: O tumulto foi tão grande que a sessão de diplomação teve de ser interrompida por cerca de 15 minutos (Germano Lüders/Exame)

AB

Agência Brasil

Publicado em 18 de dezembro de 2018 às 20h48.

O mais belo espaço de concertos da capital paulista, a Sala São Paulo, transformou-se nesta terça-feira, 18, em local de troca de ofensas, gritaria e empurra-empurra durante a cerimônia de diplomação dos políticos eleitos pelo estado. A confusão ocorreu quando membros da Bancada Ativista do PSOL foram barrados por seguranças do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ao tentarem subir ao palco para ficar ao lado da deputada estadual Mônica Seixas (PSOL), representante do chamado mandato coletivo. O tumulto foi tão grande que a sessão de diplomação teve de ser interrompida por cerca de 15 minutos.

O grupo é a primeira candidatura coletiva eleita no estado de São Paulo. Ela é formada por nove ativistas políticos de diversas áreas, recebeu 149.844 votos e foi a 10ª candidatura mais votada para a Assembleia Legislativa. Ao ser barrado, um dos membros do grupo, Jesus dos Santos, ultrapassou o cerco de policiais e conseguiu ir até o local da diplomação, sendo contido inicialmente por outros seguranças, e, depois, por deputados, entre eles, Alexandre Frota, eleito deputado federal pelo PSL.

"Quando fomos impedidas, Jesus dos Santos, militante do movimento negro, do movimento cultural das periferias e codeputado pela Bancada Ativista, subiu ao palco. Um ato de coragem para manter nossa coerência e respeito pelo projeto coletivo pelo qual fomos eleitas. Foi empurrado e agredido, inclusive com injúrias raciais", disse, em nota, a Bancada Ativista.

O TRE informou que não havia autorização para que os membros do grupo ficassem juntos com a deputada eleita, Mônica Seixas. Segundo a Bancada Ativista, houve acordo com o cerimonial do TRE para que, na diplomação, inclusive o nome dos cocandidatos fossem citados.

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