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Dino dá prazo para Anderson Torres voltar ao Brasil e diz que pode pedir extradição aos EUA

Ex-secretário de Segurança Pública do DF teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e na terça disse que retornaria ao país, o que ainda não aconteceu

Torres: A suspeita de Moraes ao determinar a prisão é que Torres tenha sido um dos responsáveis pelas falhas no esquema de segurança que resultou na invasão dos prédios dos Três Poderes no domingo (Evaristo Sá/Getty Images)
AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de janeiro de 2023 às 13h14.

Última atualização em 13 de janeiro de 2023 às 13h24.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta sexta-feira que se o ex-ministro Anderson Torres não se apresentar à Polícia Federal até a próxima segunda-feira, um pedido de extradição pode ser enviado ao governo dos Estados Unidos, onde ele está passando férias. Suspeito de ter se omitido durante as invasões de 8 de janeiro, enquanto ocupava o cargo de secretário de Segurança do Distrito Federal, Torres teve sua prisão determinada pelo STF na segunda-feira.

Em mensagem pelas redes sociais, na terça-feira, Torres disse que iria interromper suas férias e retornar ao Brasil, o que ainda não ocorreu.

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"Caso na próxima semana essa apresentação não se confirme, é claro que por intermédio dos mecanismos de cooperação jurídica internacional, nós vamos deflagrar os procedimentos voltados para a realização da extradição", disse Dino.

A suspeita de Moraes ao determinar a prisão é que Torres, na função de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, tenha sido um dos responsáveis pelas falhas no esquema de segurança que resultou na invasão dos prédios dos Três Poderes no domingo.

A Polícia Federal cumpriu busca e apreensão na residência dele em Brasília na terça-feira. Entre os documentos encontrados está uma minuta de decreto presidencial que sugeria ao ex-presidente Jair Bolsonaro uma espécie de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que poderia abrir caminho para interferir no resultado da eleição presidencial. No Twitter, Torres alegou que o documento estava, "muito provavelmente", em uma "pilha para descarte" e que o material seria levado "para ser triturado oportunamente".

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