Dilma vai ao STF; Delcídio cassado…
Dilma vai ao STF Na contagem regressiva para a votação que pode afastar a presidente Dilma Rousseff do cargo, o governo tenta de todas as formas parar o processo de impeachment. Nesta terça, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal argumentando que o processo tem […]
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2016 às 07h18.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h05.
Dilma vai ao STF
Na contagem regressiva para a votação que pode afastar a presidente Dilma Rousseff do cargo, o governo tenta de todas as formas parar o processo de impeachment. Nesta terça, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal argumentando que o processo tem vícios de origem. De acordo com o pedido de Cardozo, o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, somente recebeu o processo de impeachment após o PT se negar a protegê-lo contra a própria cassação no Conselho de Ética da Câmara.
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Delcídio Cassado
Preso por tentar obstruir a operação Lava-Jato em novembro de 2015, o senador Delcídio do Amaral teve o mandato cassado nesta terça-feira por quebra do decoro parlamentar. A cassação teve 74 votos favoráveis e nenhum contrário. A decisão vem cinco meses depois de PPS e Rede entrarem com uma representação contra o agora ex-senador no Conselho de Ética do Senado.
Com a perda do mandato e sem foro privilegiado, o ex-líder do governo Dilma Rousseff fica inelegível por oito anos e terá o processo na Lava-Jato remetido pelo relator no Supremo Tribunal Federal, ministro Teori Zavascki, ao juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos em primeira instância em Curitiba.
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A sinuca de Maranhão
O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, desculpou-se com os colegas nesta terça-feira, durante a reunião de líderes da Casa, pela decisão de anular o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff emitida ontem. Ele foi bastante criticado pelos parlamentares e comprometeu-se a dar uma resposta ao PP, seu partido, até as 10 horas da manhã da quarta-feira, se ficará ou não na presidência. Os parlamentares querem que ele renuncie à vice-presidência. Ele chegou a dizer, na reunião, que não deixaria o cargo. O segundo vice-líder da Câmara, deputado Fernando Giacobo, já se coloca como o novo presidente e disse que a sugestão dada a Maranhão pela renúncia foi “unânime”.
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Rei morto, rei posto
No PP, já existe uma pré-campanha para assumir a vice-presidência no caso de Maranhão renunciar ao cargo. Nessa hipótese, o partido entende que tem o direito de indicar um novo nome à vice-presidência. Os deputados Esperidião Amin, Julio Lopes e Aguinaldo Ribeiro estão cotados para a disputa.
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Governadores no vermelho
O governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, defendeu nesta terça-feira a moratória de pelo menos dois anos no pagamento dos juros da dívida dos estados com a União. Numa reunião com os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e Santa Catarina, Raimundo Colombo, no Palácio da Guanabara, no Rio. Os governadores ainda aguardam a votação da admissibilidade do processo de impeachment no Senado, que deve ocorrer na quarta-feira, para definir uma posição a ser entregue a Michel Temer. Enquanto isso, o governador Luiz Fernando Pezão estendeu a licença para seu tratamento de câncer até 30 de julho.
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Lava-Jato funcionando
Nesta terça-feira, o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia contra o ex-senador Gim Argello, acusado de cobrar propinas para não convocar empreiteiros na CPI do Senado que investigava os crimes da Petrobras. Junto com Argello, mais oito pessoas se tornaram réus, incluindo seu filho, Jorge Afonso Argello Junior, assessores do político e executivos das empreiteiras OAS e UTC que teriam pago as propinas. Na mesma denúncia, o Ministério Público Federal denunciou o dono da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outro executivo da companhia, mas Moro afirmou que as provas contra ambos são frágeis.
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Mais contas para a Eletrobras
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que a estatal Eletrobras deverá reembolsar em mais de 2 bilhões de reais um fundo do setor elétrico, por entender que o valor foi apropriado indevidamente pela companhia. A verba do fundo Reserva Global de Reversão (PGR) foi utilizada para financiar programas sociais, como o Luz Para Todos, e para viabilizar empréstimos a empresas de energia. No entendimento da Aneel, a Eletrobras deixou de repassar à RGR valores gerados pela cobrança de amortizações, taxas e encargos nos empréstimos concedidos com recursos do fundo entre 1998 e 2011.
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Fitch rebaixa Samarco
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou quatro degraus o rating da mineradora Samarco, de BB- para CCC. Segundo a agência, a decisão acompanha a perspectiva de que a Samarco não conseguirá obter as licenças necessárias para reiniciar suas operações antes de acabar o caixa neste ano e com isso precisará reestruturar suas dívidas de curto prazo.
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Oi demite
O grupo de telecomunicações Oi está demitindo cerca de 2.000 funcionários num processo que deve diminuir de 15% a 20% dos custos com pessoal da companhia. As demissões ocorrem pouco mais de um ano depois de a empresa realizar cerca de 1.100 cortes de pessoal.
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Sanders vence mais uma
O senador Bernie Sanders venceu as primárias de Virgínia Ocidental do partido democrata na noite desta terça-feira. Com isso, ele prolonga a disputa com Hillary Clinton na corrida à Casa Branca. A vitória não coloca em risco a nomeação de Hillary, mas a obriga a continuar se dividindo entre a disputa interna e um inevitável confronto com o republicano Donald Trump.
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Obama em Hiroshima
O presidente americano, Barack Obama, confirmou visita a Hiroshima neste mês durante a viagem que fará ao Japão e ao Vietnã entre 21 e 28 de maio. Será o primeiro presidente dos Estados Unidos a visitar a cidade após o ataque nuclear de 1945 que matou 140.000 pessoas. Obama disse que a viagem será uma chance de honrar a memória dos inocentes mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Em março, vale lembrar, ele esteve em Cuba.