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Dilma se reúne com presidente eleito do México

Os dois chefes de Estado devem tratar de economia e de segurança no encontro


	Enrique Peña Nieto: uma das prioridades do novo presidente é estreitar laços e aprofundar o relacionamento político e econômico com os países da América Latina
 (Alfredo Estrella/AFP)

Enrique Peña Nieto: uma das prioridades do novo presidente é estreitar laços e aprofundar o relacionamento político e econômico com os países da América Latina (Alfredo Estrella/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 08h51.

Brasília – A presidente Dilma Rousseff tem reunião hoje (20), às 15h, com o presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto (Partido Revolucionário Institucional, PRI), no Palácio do Planalto. O mexicano encerra nesta quinta-feira visita de dois dias ao Brasil. A expectativa, segundo assessores, é que na conversa ambos tratem de parcerias para incrementar o comércio bilateral e os esforços no combate aos cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas que atuam nas fronteiras do México com os Estados Unidos, mas geram impactos em toda a região.

Ontem, a empresários em São Paulo, Peña Nieto disse que está interessado na maior integração entre o Brasil e o México, a começar pelas relações comerciais bilaterais. Ele participou de encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

No encontro, Peña Nieto destacou que as economias do Brasil e México são as duas mais importantes da América Latina. Segundo ele, ambas têm, neste momento, uma grande oportunidade para se complementar.

O presidente eleito disse que seu governo está comprometido em ser um “promotor constante da integração comercial”. Para ele, o estreitamento comercial deve ocorrer com os outros países da América Central e do Sul. Peña Nieto ressaltou que dará prioridade à modernização da estatal petrolífera do seu país, a Pemex.

De acordo com o presidente eleito, a modernização da Pemex exigirá investimentos em infraestrutura para exploração e produção. Segundo ele, há mecanismos nos modelos brasileiro e colombiano que facilitam maior participação do setor privado.

Esses modelos de alianças, segundo ele, são estratégicos para tornar as empresas mais produtivas. Para Peña Nieto, esses modelos estimulam a competitividade da empresa.

O presidente eleito disse ainda que é fundamental intensificar as parcerias e os esforços internos para o combate aos cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas no México. Segundo ele, seu governo terá a obrigação de combater o crime organizado. De acordo com Peña Nieto, não cabem modelos de negociação, e o Estado tem que “fazer prevalecer a lei”.

Eleito em julho com cerca de 19 milhões de votos, 3 milhões a mais que Andrés Manuel López Obrador, candidato da coalizão de esquerda, Nieto toma posse em 1º de dezembro. Segundo ele, uma das prioridades é estreitar laços e aprofundar o relacionamento político e econômico com os países da América Latina.

Peña Nieto foi acusado de compra de votos pela coalizão de esquerda, que pediu a anulação da votação, mas a Justiça Eleitoral do México rejeitou a apelação e confirmou a vitória. Durante a campanha, ele foi envolvido em escândalos de corrupção e integrantes de seu partido com o narcotráfico.

Por sete décadas até o ano 2000, o PRI, partido do presidente eleito, governou o México. O desafio do novo governo, segundo especialistas, é enfrentar e conter os avanços dos dez maiores cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas que atuam no país, espalhando uma onda de violência e medo principalmente nas regiões de fronteira.

Depois do Brasil, ele ainda passará por mais cinco países latino-americanos: a Guatemala, Colômbia, o Chile, a Argentina e o Peru. Esse é o primeiro compromisso internacional após ser eleito presidente do México.

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