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Dilma se reúne com Castro para cobrar combate ao Aedes

Reunião entre presidente e ministro da Saúde ocorre em meio a notícias de que o Planalto estaria descontente com os resultados das ações do Ministério da Saúde


	O ministro da Saúde, Marcelo Castro: "não vamos dar vacina para 200 milhões de brasileiros"
 (Elza Fiúza/ Agência Brasil)

O ministro da Saúde, Marcelo Castro: "não vamos dar vacina para 200 milhões de brasileiros" (Elza Fiúza/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2016 às 12h21.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff se reunirá nesta quinta-feira, 21, às 16h30, com o ministro da Saúde, Marcelo Castro. A reunião acontecerá no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, logo após a petista chegar de Recife (PE).

No encontro, Dilma deve cobrar de Castro um balanço das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, causador de doenças como dengue, zika e chikungunya.

A reunião entre a presidente e o ministro da Saúde ocorre em meio a notícias de que o Planalto estaria descontente com os resultados das ações da Pasta para aliviar o surto das doenças causadas pelo mosquito no País, apesar dos investimentos.

O núcleo duro do governo também estaria incomodado com a postura de Castro - indicado pelo PMDB na reforma ministerial de outubro de 2015 - durante discursos e entrevistas sobre as doenças.

Uma das frases polêmicas de Marcelo Castro que incomodou o governo foi proferida em 13 de janeiro.

"Não vamos dar vacina para 200 milhões de brasileiros. Mas para pessoas em período fértil. E vamos torcer para que mulheres antes de entrar no período fértil peguem a zika, para elas ficarem imunizadas pelo próprio mosquito. Aí não precisa da vacina", afirmou o ministro na ocasião.

A zika, segundo especialistas, está relacionada ao surto de nascimento de bebês com microcefalia, doença considerada rara no Brasil e no mundo até meados de 2015.

O surto de microcefalia foi identificado inicialmente no Nordeste, após a região ter enfrentado um aumento de casos de zika. A epidemia em todo o País levou o governo a decretar, em novembro, emergência sanitária nacional.

Como mostrou nesta quinta-feira o Estadão, o número de casos de microcefalia no Brasil aumentou 10% em uma semana e alcançou a marca de 3.893 notificações. Os registros ocorreram em 764 municípios, em 20 Estados e no Distrito Federal.

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