Brasil

Dilma recebe aliados divididos entre plebiscito e referendo

Reunião da presidente com partidos deve ser pautada pela divergência entre a realização de um plebiscito ou um referendo para aprovar uma reforma política


	Presidente se reúne com governadores e prefeitos: reforma é um dos pactos propostos por Dilma para responder à onda de manifestações populares
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Presidente se reúne com governadores e prefeitos: reforma é um dos pactos propostos por Dilma para responder à onda de manifestações populares (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 18h39.

Brasília - A reunião entre a presidente Dilma Rousseff e os presidentes de partidos aliados deve ser pautada pela divergência entre a realização de um plebiscito ou um referendo para aprovar uma reforma política, um dos pactos propostos por Dilma para responder à onda de manifestações populares.

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), chegou à reunião com um documento que seria apresentado à presidente defendendo que a reforma política seja feita por meio de um referendo e indicando que pontos devem ser debatidos numa reforma política.

O documento do PP diz que "o plebiscito, por natureza, deve estar restrito a poucos temas, sendo difícil adequar a amplitude de itens que devem necessariamente ser abordados em uma proposta de reforma política".

O encaminhamento da reforma política também dividiu ministros em reunião comandada, na quarta-feira, pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, no Palácio do Planalto.

Além do PP, participam da reunião desta quinta presidentes do PT, PMDB, PSD, PRB, PR, PSB, PTB e PDT.

No plebiscito seria feita uma consulta à população sobre o que deve ser debatido em uma reforma política. O resultado da consulta definiria os limites das mudanças, que teriam que ser implementadas por projetos de lei ou emendas à Constituição.

No caso do referendo, o processo seria inverso. Os deputados e senadores proporiam uma reforma política, que depois seria apresentada para a consulta popular.

Uma fonte do governo disse à Reuters nesta quinta-feira que além de haver uma divisão entre os aliados sobre como deve ser encaminhada a reforma, também há dificuldade de aprovar as mudanças para valer já na próxima eleição, como quer Dilma.

Segundo essa fonte, que pediu para não ter o nome revelado, a expectativa da presidente é que até terça-feira seja possível enviar ao Congresso uma lista de temas que devem ser abordados na consulta popular.

Depois dos presidentes dos partidos aliados, Dilma deve se reunir ainda nesta quinta com líderes do Senado e da Câmara para debater a reforma política.

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