Dilma Rousseff: na segunda-feira, a presidente cumprirá duas agendas no Maranhão (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2015 às 16h36.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff realiza hoje à noite, no Palácio da Alvorada, uma reunião ministerial. O vice-presidente Michel Temer, que é o articulador político do Planalto, também deve participar, assim como o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), e outros ministros do "núcleo duro" do PT . O encontro ministerial está previsto para começar às 19 horas.
Tradicionalmente, reuniões como essa ocorrem às segundas-feiras, mas amanhã a presidente não estará em Brasília, pois cumprirá duas agendas no Maranhão.
Às 11h30, Dilma participa de cerimônia de inauguração do terminal de grãos no Porto do Itaqui e, às 14 horas, entrega 2.020 unidades habitacionais do "Minha Casa, Minha Vida". Diante do agravamento da crise política, a reunião não poderia esperar e terá de ser realizada neste domingo (9), Dia dos Pais.
Na última quinta-feira (6), Dilma se reuniu Michel Temer, Padilha e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para discutir a delicada relação com a Câmara dos Deputados, na qual o Planalto vem sofrendo sucessivas derrotas, inclusive em matérias relacionadas ao ajuste fiscal.
Na semana passada, por exemplo, os deputados aprovaram as contas governamentais dos ex-presidentes Itamar Franco (1992), Fernando Henrique Cardoso (2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2006 e 2008), abrindo caminho rumo à apreciação das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff, sobre as quais pesam as acusações das "pedaladas fiscais". As contas de Dilma, entretanto, ainda precisam passar pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Por ora, o governo aposta no Senado Federal para barrar o avanço das propostas negativas. O Planalto acredita que o perfil dos senadores - mais velhos, experientes e, em muitos casos, ex-governadores e gestores públicos - os torna mais sensíveis às consequências dessas matérias.
Na noite da última quinta-feira, inclusive, Dilma pediu ajuda ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), para ajudar o Planalto a desarmar uma série de "bombas fiscais" em tramitação no Congresso Nacional.