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Dilma pede a Congresso continuidade da valorização do mínimo

Segundo ela, o salário mínimo é um instrumento fundamental no processo de redução das desigualdades no Brasil


	Dilma: "não promoveremos recessão nem retrocesso”, disse em mensagem enviada ao Congresso
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma: "não promoveremos recessão nem retrocesso”, disse em mensagem enviada ao Congresso (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 18h15.

Em mensagem enviada ao Congresso Nacional na abertura do ano legislativo, a presidenta Dilma Rousseff pediu o apoio dos parlamentares para aprovação da proposta que dá continuidade à política de valorização do salário mínimo. Segundo ela, o salário mínimo é um instrumento fundamental no processo de redução das desigualdades no Brasil.

“A redução das desigualdades, a eliminação da pobreza e a ampliação dos direitos sociais são marcas fundamentais do meu governo, às quais jamais poderemos renunciar. Ajustes fazem parte do dia a dia da política econômica, bem como do cotidiano de empresas e pessoas, ajustes nunca são o fim em si mesmos, são medidas necessárias para atingir um objetivo de médio prazo, que em nosso caso permanece o mesmo: crescimento econômico com inclusão social. Não promoveremos recessão nem retrocesso”, disse a presidenta, na mensagem.

O texto enviado pela presidenta aos parlamentares foi entregue hoje (2) pelo ministro chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e lido pelo primeiro-secretário da Mesa do Congresso Nacional, deputado Beto Mansur (PRB-SP).

A leitura do texto durou mais de uma hora, e a mensagem fez um longo balanço de todas as ações do governo em áreas como economia, educação, saúde, segurança, infraestrutura e política internacional.

Na mensagem, a presidenta fez uma análise da atual situação econômica do país e destacou as medidas que estão sendo adotadas pelo governo.

Ela ressaltou que o controle da inflação será prioridade da gestão macroeconômica e garantiu que o governo vai preservar as metas de todas as políticas sociais como o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida, o Mais Médicos, o Ciência Sem Fronteiras e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

“A razão de ser da gestão responsável e consistente da política econômica é estimular o crescimento e dar meio para execução de políticas que melhorem o bem-estar da população”.

Segundo ela, o governo absorveu a maior parte das mudanças no cenário econômico e climático em suas contas fiscais, para preservar o emprego e a renda, mas agora chegou a um limite.

“Estamos diante da necessidade de promover um reequilíbrio fiscal para recuperar o crescimento da economia o mais rápido possível, criando condições para a queda da inflação e da taxa de juros no médio prazo. Garantindo, assim, a continuidade da geração de emprego e renda.”

A presidenta também destacou o incremento na capacidade de geração e transmissão de energia e a inclusão de fontes alternativas e limpas como a solar e a eólica.

“Isso mostra que estamos fazendo os investimentos necessários para assegurar a oferta de energia em níveis necessários para o crescimento do país”, ressaltou.

Dilma voltou a garantir a disposição do governo em ajudar o governo de São Paulo em obras para garantir o abastecimento de água no estado.

“A mesma disposição se estende às demais unidades da Federação, especialmente da Região Sudeste, fortemente afetada pela maior seca das últimas oito décadas.”

Outra medida que será encaminhada ao Congresso Nacional, de acordo com a presidenta, é uma proposta de alteração da Constituição para que a segurança pública se torne atividade comum de todos os estados.

Ela também destacou que o governo vai adotar medidas para combater a corrupção e a impunidade no país e apoiar a reforma política.

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