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Dilma pedalava enquanto PF cumpria mandado contra Lula

Desde cedo, as autoridades do governo estão a postos com a notícia de buscas em endereços e do mandado de condução coercitiva do ex-presidente


	Dilma Rousseff: desde cedo, as autoridades do governo estão a postos com a notícia de buscas em endereços e do mandado de condução coercitiva do ex-presidente
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Dilma Rousseff: desde cedo, as autoridades do governo estão a postos com a notícia de buscas em endereços e do mandado de condução coercitiva do ex-presidente (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2016 às 09h50.

São Paulo - No dia em que a Polícia Federal deflagrou a 24ª fase da Operação Lava Jato, cujo principal alvo é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff saiu para pedalar às 6 da manhã, com faz habitualmente.

Retornou ao Palácio da Alvorada pouco antes das 7 horas da manhã.

Dilma acabou de deixar o Alvorada em direção ao Palácio do Planalto, embora sua primeira agenda do dia esteja marcada apenas para as 10 horas.

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, já está no Planalto e deve se reunir agora com Dilma. Desde cedo, as autoridades do governo estão a postos com a notícia de buscas em endereços e do mandado de condução coercitiva do ex-presidente.

Essa decisão da Polícia Federal, embora já viesse sendo desenhado há muitos dias, de certa forma surpreendeu o núcleo político do governo pelo fato de incluir a coerção da Lula para depoimento de esclarecimentos.

Com certeza, o fato vai tomar conta de todas as discussões políticas do governo e, de acordo, com um assessor palaciano é mais um ingrediente para elevar ainda mais a temperatura política, que já estava em alto grau ontem com a notícia da delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS).

O Planalto terminou o dia de ontem com a avaliação de que o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, tinha feita uma defesa enfática e bem-sucedida do governo no caso de Delcídio, mas reconheciam os estragos provocados contra o governo.

O governo sabe que todos esses elementos podem contribuir para reacender o debate do impeachment e a manifestação popular marcada para o dia 13 de março está sendo vista como um momento decisivo para delinear o rumo desse processo.

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