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Dilma não vê irregularidades por executivos da Petrobras

Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira não ver indícios de irregularidades por executivos atuais da Petrobras


	Presidente Dilma Rousseff: segundo ela, "é simplismo" achar que quem estava na diretoria sabia dos desvios ocorridos na estatal
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente Dilma Rousseff: segundo ela, "é simplismo" achar que quem estava na diretoria sabia dos desvios ocorridos na estatal (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 12h55.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira a atual diretoria da Petrobras, indicando que não pensa em substituir o comando da empresa, que, segundo ela, tem caixa para não recorrer a empréstimos em 2015 em meio a um cenário difícil no mercado de petróleo.

"Não vejo nenhum indício de irregularidades da atual diretoria da Petrobras", disse a presidente durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto. As ações da Petrobras desaceleraram alta após a divulgação das declarações da presidente. Às 12h53, as preferenciais operavam com ganhos de 0,2 por cento, enquanto o Ibovespa caía 0,4 por cento.

Dilma afirmou, porém, que fará mudanças nos conselhos de administração das estatais, e que na Petrobras o novo presidente do conselho, indicado pelo governo, não será "necessariamente o ministro da Fazenda".

A petista não quis revelar o nome dos futuros conselheiros. Na semana passada, uma fonte próxima à Presidência da República disse à Reuters que o futuro ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e o ministro chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, são os favoritos para ocupar o posto.

A Petrobras está no epicentro de investigação sobre suposto esquema bilionário de corrupção em obras da empresa, com envolvimento de funcionários e ex-empregados, empreiteiras e políticos.

Mesmo assim, Dilma indicou que mantém a confiança na presidente da estatal, sua amiga pessoal, Maria das Graças Foster. Ela disse que não "falta credibilidade" à estatal por causa da manutenção de Graça Foster na presidência. E disse que colocar alguém de fora da estatal no seu comando interromperia "o processo de investigação" e o "processo de gestão" promovidos pela atual diretoria. Ela admitiu que Graça Foster, como prefere ser chamada a CEO da Petrobras, já colocou o cargo à disposição "caso sua permanência prejudicasse a empresa ou o governo". Dilma disse que rejeitou a possibilidade.

Uma funcionária da empresa, Venina Velosa da Fonseca, tem dito em entrevistas que alertou no passado a presidente da estatal de irregularidades por email e pessoalmente. Dilma afirmou, entretanto, que Graça Foster "está sob muita pressão", mas disse que não "há provas" de irregularidades contra ela.

Segundo ela, "é simplismo" achar que quem estava na diretoria sabia dos desvios ocorridos na estatal.

Dima disse ainda que os preços mais baixos do petróleo, em meio a uma grande oferta no mundo, vão obrigar a uma revisão de planos de negócios de petroleiras, incluindo a estatal brasileira.

Atualizado às 13h55

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