Dilma durante solenidade de posse dos membros do Comitê Nacional de Prevenção a Tortura (Roberto Stuckert Filho/Presidência)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2014 às 13h24.
Brasília - Ao final da cerimônia de criação do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, realizada nesta sexta-feira, 25, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff fez um desabafo à ministra Eleonora Menicucci (Secretaria de Política para Mulheres).
"Quem diria, Menicucci, nem nos nossos sonhos um dia a gente imaginaria que participaria da criação de um comitê como esse", disse a presidente após a foto oficial do evento. Dilma e Eleonora foram colegas de prisão no período da ditadura militar.
A presidente deu posse nesta manhã aos 23 integrantes do colegiado criado para atuar em instituições de privação de liberdade, como delegacias, penitenciárias, locais de permanência para idosos e hospitais psiquiátricos.
O grupo terá como atribuições a avaliação e a proposição de ações de prevenção e combate à tortura.
Durante a cerimônia, Dilma disse que a tortura está ligada ao período da escravidão e lembrou que foi "instrumento de combate político" na ditadura militar.
A presidente afirmou que a tortura "destrói os laços civilizatórios da sociedade" e comparou a um "câncer" que corrói a sociedade. "Tortura é uma das coisas mais hediondas que se pratica contra o ser humano", declarou.