Dilma garantiu BR Distribuidora a Collor, diz Cerveró
Segundo o delator da Lava Jato, o senador teria lhe dito que em 2013 a presidente havia garantido a ele o comando da empresa
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 16h22.
São Paulo - O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação Lava Jato , declarou à Procuradoria-Geral da República que o senador Fernando Collor (PTB-AL) lhe disse, em 2013, que a presidente Dilma Rousseff havia garantido ao parlamentar que "estavam à disposição" dele, Collor, a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora.
Em depoimento prestado no dia 7 de dezembro de 2015, Cerveró relatou os bastidores das indicações para cargos estratégicos na Petrobras, principalmente na BR Distribuidora , apontada pelos investigadores como "cota" pessoal do ex-presidente Collor (1990/1992).
"Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a Presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora", declarou o ex-diretor, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.
Cerveró disse ter ouvido o relato de Collor sobre suposto encontro com Dilma durante uma reunião em Brasília, que teria ocorrido, segundo o delator, em setembro de 2013.
Na ocasião, Cerveró estava empenhado em se manter no cargo de diretor Financeiro e Serviços da BR Distribuidora - subsidiária da Petrobras -, que assumiu após deixar a área Internacional da estatal petrolífera.
Ele disse que o empresário Pedro Paulo Leoni, conhecido como PP, o chamou para uma reunião com Collor na Casa da Dinda, residência do ex-presidente. PP foi ministro no governo Collor.
Segundo o ex-diretor, Collor disse na reunião que não tinha interesse em mexer na presidência e nas diretorias da BR Distribuidora.
Cerveró afirmou que tais nomes eram indicação do PT - presidente José de Lima Andrade Neto; diretor de Mercado Consumidor Andurte de Barros Duarte Filho e ele próprio, como diretor Financeiro e de Serviços.
O ex-diretor da Petrobras afirmou que "ironicamente agradeceu" a Collor por ter sido mantido na BR.
Depois, segundo o depoimento "Pedro Paulo Leoni disse que Fernando Collor havia ficado chateado com a ironia do declarante", uma vez que parecia que Cerveró estava duvidando de que Collor havia falado com Dilma Rousseff.
"Nessa ocasião, o declarante percebeu que Fernando Collor realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora", consta na declaração.
A reportagem não conseguiu falar com Collor sobre o assunto. Em outra ocasião, na qual seu nome foi ligado à BR Distribuidora, o ex-presidente negou enfaticamente "ter exercido qualquer ingerência - muito menos pressão - sobre a Petrobras ou sua subsidiária BR Distribuidora".
A assessoria do Planalto informou que não iria comentar o assunto.
São Paulo - O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação Lava Jato , declarou à Procuradoria-Geral da República que o senador Fernando Collor (PTB-AL) lhe disse, em 2013, que a presidente Dilma Rousseff havia garantido ao parlamentar que "estavam à disposição" dele, Collor, a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora.
Em depoimento prestado no dia 7 de dezembro de 2015, Cerveró relatou os bastidores das indicações para cargos estratégicos na Petrobras, principalmente na BR Distribuidora , apontada pelos investigadores como "cota" pessoal do ex-presidente Collor (1990/1992).
"Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a Presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora", declarou o ex-diretor, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.
Cerveró disse ter ouvido o relato de Collor sobre suposto encontro com Dilma durante uma reunião em Brasília, que teria ocorrido, segundo o delator, em setembro de 2013.
Na ocasião, Cerveró estava empenhado em se manter no cargo de diretor Financeiro e Serviços da BR Distribuidora - subsidiária da Petrobras -, que assumiu após deixar a área Internacional da estatal petrolífera.
Ele disse que o empresário Pedro Paulo Leoni, conhecido como PP, o chamou para uma reunião com Collor na Casa da Dinda, residência do ex-presidente. PP foi ministro no governo Collor.
Segundo o ex-diretor, Collor disse na reunião que não tinha interesse em mexer na presidência e nas diretorias da BR Distribuidora.
Cerveró afirmou que tais nomes eram indicação do PT - presidente José de Lima Andrade Neto; diretor de Mercado Consumidor Andurte de Barros Duarte Filho e ele próprio, como diretor Financeiro e de Serviços.
O ex-diretor da Petrobras afirmou que "ironicamente agradeceu" a Collor por ter sido mantido na BR.
Depois, segundo o depoimento "Pedro Paulo Leoni disse que Fernando Collor havia ficado chateado com a ironia do declarante", uma vez que parecia que Cerveró estava duvidando de que Collor havia falado com Dilma Rousseff.
"Nessa ocasião, o declarante percebeu que Fernando Collor realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora", consta na declaração.
A reportagem não conseguiu falar com Collor sobre o assunto. Em outra ocasião, na qual seu nome foi ligado à BR Distribuidora, o ex-presidente negou enfaticamente "ter exercido qualquer ingerência - muito menos pressão - sobre a Petrobras ou sua subsidiária BR Distribuidora".
A assessoria do Planalto informou que não iria comentar o assunto.