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Dilma e Samper querem Unasul atuante contra desigualdade

A presidente e o secretário-geral da Unasul concordaram que o órgão deve ser mais atuante na redução da desigualdade social


	Unasul: "a tarefa é encontrar fórmulas concretas para reduzir essa desigualdade", disse secretário-geral
 (Unasur/Divulgação)

Unasul: "a tarefa é encontrar fórmulas concretas para reduzir essa desigualdade", disse secretário-geral (Unasur/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2014 às 13h01.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta segunda-feira o secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, e ambos concordaram que o órgão deve ser mais atuante na promoção de uma real redução das desigualdades na América do Sul.

"Discutimos de maneira minuciosa três agendas fundamentais", declarou o secretário após seu primeiro encontro com Dilma desde que assumiu o cargo em setembro.

O ex-presidente colombiano (1994-1998) disse que foram abordados temas sociais, econômicos e políticos.

No aspecto social, Samper afirmou que o problema fundamental já não é somente a redução da pobreza, mas também a diminuição das desigualdades na América do Sul.

"A tarefa é encontrar fórmulas concretas para reduzir essa desigualdade, que se manifesta entre as diferentes classes sociais, mas também entre as cidades e o campo, e até quanto ao gênero", afirmou o secretário-geral.

No aspecto econômico, Samper indicou que a prioridade é melhoria na competitividade. No entanto, na avaliação do ex-presidente colombiano, os países sul-americanos não precisam buscar o desenvolvimento em outras partes do mundo porque as oportunidades já estão na região.

Nesse sentido, afirmou que há possibilidades de crescimento do comércio e de investimentos mútuos, que devem ser apoiados no curto prazo por meio de projetos de infraestrutura que envolvam mais de dois países em setores como ferrovias, hidrovias e estradas.

"Tem que ser projetos de interesse multinacional e encontramos o apoio do Brasil para alavancá-los", declarou.

Sobre a agenda política, Samper destacou que a Unasul vai seguir atuante e vigilante em todos os casos em que se possa comprovar que há ameaça de ruptura da ordem democrática.

O ex-presidente colombiano explicou que o órgão nasceu como uma resposta política para uma região que quer buscar um processo de integração.

Na audiência com Dilma também foram tratados alguns aspectos da próxima reunião de cúpula da Unasul, que será realizada no Equador nos dias 4 e 5 de dezembro. Samper disse que concorda com a presidente sobre o objetivo do encontro: é preciso sair do discurso e ir para a prática.

Segundo o secretário-geral, são necessárias ações concretas para que os sul-americanos vejam a Unasul como um palco de realizações e não só de debate.

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