Graça Foster deve sair da Petrobras até fevereiro, diz Folha
Segundo a Folha, Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras Graça Foster acertaram o cronograma da saída de toda a diretoria da estatal
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 19h43.
São Paulo - Em reunião hoje em Brasília, a presidente Dilma Rousseff acertou com Graça Foster , presidente da Petrobras, um cronograma de saída de toda a diretoria da empresa, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
No encontro, ficou definido que Graça e outros integrantes da cúpula da estatal devem permanecer em seus cargos até o final de fevereiro, de acordo com a reportagem.
A reunião durou cerca de três horas e aconteceu no Palácio do Planalto.
Ainda segundo o jornal, a executiva vai se dedicar, nos próximos dias, a chegar a um número crível do prejuízo causado pela corrupção na Petrobras, divulgado no último balanço da companhia na semana passada, que não mostrou uma avaliação segura e auditada dos ativos imobilizados citados na Operação Lava Jato.
Assim, não se chegou a um valor exato que demonstrasse o tamanho do rombo nas contas da empresa.
Mais cedo, uma reportagem da Folha de S. Paulo informou que Graça Foster já havia sido comunicada de sua substituição, especialmente após o balanço da Petrobras do terceiro semestre.
O substituto de Graça não foi informado, mas a expectativa para troca no comando da estatal foi suficiente para fazer as ações da Petrobras subirem mais de 15% na Bovespa, o maior ganho diário em 16 anos.
*Atualizada às 19h33 do dia 03/02/2015
Segundo dados da consultoria Economática, a estatal perdeu 12 bilhões de reais no mês passado na bolsa brasileira, período no qual o Ibovespa recuou 1,14%. Boa parte da queda é atribuída aos maus resultados de 2013 apresentados pela empresa.
No final de fevereiro, o valor de mercado da estatal era de 172,8 bilhões de reais.
A cotação média do mercado, no entanto, ultrapassa a cifra de 2,40 reais e a diferença está preocupando o mercado, que não consegue entender como a estatal chegou a esse valor.
A fim de não aumentar a inflação, o governo tem segurado os preços e a estratégia tem impactado negativamente a petroleira. A estimativa do mercado é que a empresa tenha deixado de ganhar 1,1 bilhão por não repassar alta do petróleo.