Dilma e Blatter não vão discursar na abertura da Copa
Decisão é reflexo das vaias que ambos levaram no ano passado em Brasília, no jogo inaugural da Copa das Confederações
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2014 às 23h04.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff e o presidente da Fifa, Joseph Blatter , não vão discursar na cerimônia de abertura da Copa do Mundo, dia 12 de junho, no Itaquerão, em São Paulo, quando jogarão Brasil e Croácia. A decisão é reflexo das vaias que ambos levaram no ano passado em Brasília, no jogo inaugural da Copa das Confederações.
A decisão foi confirmada nesta terça-feira por Blatter, que, no entanto, não deu detalhes sobre a abertura da Copa. "Vamos fazer a cerimônia inaugural de maneira que não ocorram discursos", disse o presidente da Fifa, em entrevista à agência de notícias alemã DPA.
Oficialmente, a Fifa sustenta que foi apenas uma decisão técnica. Mas as vaias recebidas por Blatter e Dilma em Brasília, antes do jogo entre Brasil e Japão na abertura da Copa das Confederações, provocaram um desgaste. Na ocasião, o dirigente suíço chegou a pedir que o público no estádio "respeitasse" a presidente.
Depois daquela vaia em Brasília, Dilma acabou cancelando sua participação na final da Copa das Confederações, realizada no Maracanã. Ela entregaria a taça ao campeão - que viria a ser o Brasil. Blatter ficou irritado com a decisão dela e, logo após a competição, enviou carta ao Palácio do Planalto se queixando da ausência da presidente. Jamais recebeu resposta.
Na Copa, Dilma deverá estar presente em apenas duas partidas. A ideia do governo é que ela compareça na abertura do Mundial e também na final, independentemente da classificação da seleção brasileira para a decisão do título. Sua presença nesses jogos é praticamente exigência do protocolo.
Para fontes envolvidas na organização da Copa, Dilma terá uma "exposição mínima". A possibilidade de ela ser vaiada não vai alterar o planejamento que vem sendo feito pelo governo. Para interlocutores da presidente, ser vaiado durante esse tipo de evento faz parte até do folclore do futebol brasileiro e nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi poupado - ele foi apupado pelos torcedores durante a abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.
Para o governo, muito pior do que receber uma vaia seria a presidente deixar de comparecer a um torneio promovido e bancado pela sua administração, como se estivesse escondida da população.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff e o presidente da Fifa, Joseph Blatter , não vão discursar na cerimônia de abertura da Copa do Mundo, dia 12 de junho, no Itaquerão, em São Paulo, quando jogarão Brasil e Croácia. A decisão é reflexo das vaias que ambos levaram no ano passado em Brasília, no jogo inaugural da Copa das Confederações.
A decisão foi confirmada nesta terça-feira por Blatter, que, no entanto, não deu detalhes sobre a abertura da Copa. "Vamos fazer a cerimônia inaugural de maneira que não ocorram discursos", disse o presidente da Fifa, em entrevista à agência de notícias alemã DPA.
Oficialmente, a Fifa sustenta que foi apenas uma decisão técnica. Mas as vaias recebidas por Blatter e Dilma em Brasília, antes do jogo entre Brasil e Japão na abertura da Copa das Confederações, provocaram um desgaste. Na ocasião, o dirigente suíço chegou a pedir que o público no estádio "respeitasse" a presidente.
Depois daquela vaia em Brasília, Dilma acabou cancelando sua participação na final da Copa das Confederações, realizada no Maracanã. Ela entregaria a taça ao campeão - que viria a ser o Brasil. Blatter ficou irritado com a decisão dela e, logo após a competição, enviou carta ao Palácio do Planalto se queixando da ausência da presidente. Jamais recebeu resposta.
Na Copa, Dilma deverá estar presente em apenas duas partidas. A ideia do governo é que ela compareça na abertura do Mundial e também na final, independentemente da classificação da seleção brasileira para a decisão do título. Sua presença nesses jogos é praticamente exigência do protocolo.
Para fontes envolvidas na organização da Copa, Dilma terá uma "exposição mínima". A possibilidade de ela ser vaiada não vai alterar o planejamento que vem sendo feito pelo governo. Para interlocutores da presidente, ser vaiado durante esse tipo de evento faz parte até do folclore do futebol brasileiro e nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi poupado - ele foi apupado pelos torcedores durante a abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.
Para o governo, muito pior do que receber uma vaia seria a presidente deixar de comparecer a um torneio promovido e bancado pela sua administração, como se estivesse escondida da população.