Brasil

Modelo de distribuição de renda não está esgotado, diz Dilma

Presidente disse que a tendência do desemprego é de queda e que aqueles que apostam que o modelo de distribuição de renda está esgotado estão enganados

Presidente Dilma Rousseff durante a entrevista coletiva em Brasília (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

Presidente Dilma Rousseff durante a entrevista coletiva em Brasília (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 21h20.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, disse nesta quinta-feira que a tendência do desemprego é de queda e que aqueles que apostam que o modelo de distribuição de renda está esgotado estão enganados.

Dilma comentou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), divulgada nesta quinta, que mostrou crescimento da concentração de renda e do desemprego no ano passado.

Segundo a PNAD, a taxa de desemprego no ano passado subiu a 6,5 por cento ante 6,1 por cento em 2012, interrompendo uma trajetória descendente verificada desde de 2009, quando alcançou 8,3 por cento.

"Essa PNAD é o retrato do Brasil numa semana de setembro. O desemprego médio está caindo no Brasil, sim", justificou a presidente --a pesquisa usa como referência para o mercado de trabalho a última semana de setembro de cada ano.

Dilma reiterou que a elevação da taxa é pontual.

Um dos principais pilares do governo da presidente Dilma Rousseff, o mercado de trabalho vem mostrando sinais de exaustão diante da economia fraca.

"Óbvio que o emprego não vai crescer às taxas em que crescia antes, porque você não tem nem para onde ir... Você tem uma taxa de desemprego bem baixa no Brasil", completou, acrescentando que o seu governo conseguiu manter o desemprego em queda mesmo com a crise financeira.

Dilma disse ainda que quem diz que o modelo distribuição de renda adotado em seu governo se esgotou está "enganado", e citou a queda da desigualdade social.

"Quem quer acabar com a valorização do salário mínimo, reduzir a política que financia o microempreendedor e uma parta das pequenas e médias empresas, não vai segurar esse modelo de redução da desigualdade. Nós conseguimos manter isso diante da maior crise econômica", afirmou.

Dilma aproveitou para voltar a criticar sua principal adversária na corrida presidencial, Marina Silva (PSB), agora sobre a legislação trabalhista.

"O problema da minha adversária é que ela muda de opinião com muita facilidade... Ela disse que ia atualizar (questões trabalhistas), agora mudou de opinião", finalizou a presidente, mantendo a estratégia de atacar a candidata do PSB.

Mas, apesar de Marina não ter detalhado o que seria atualizado na legislação trabalhista, seu programa de governo é bem claro sobre a manutenção dos direitos dos trabalhadores.

E para não deixar dúvida alguma sobre o tema, na quarta-feira, a candidata do PSB disse que "os direitos dos trabalhadores precisam ser respeitados, todas as suas conquistas devem e precisam ser respeitadas".

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEleiçõesEstatísticasPartidos políticosPersonalidadesPNADPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Em decisão sobre emendas, Dino cita malas de dinheiro apreendidas em aviões e jogadas por janelas

Flávio Dino decide suspender pagamentos de emendas e manda PF investigar liberação de verbas

Rodízio de veículos em SP está suspenso a partir desta segunda, 23

Datafolha: 51% dos brasileiros afirmam ter mais medo da polícia do que confiança nela