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Dilma diz que há uma tentativa de golpe eleitoral

Presidente criticou o uso de denúncias e atacou os tucanos, dizendo que não investigavam quando governaram o país e agora querem dar um golpe eleitoral

Presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, participa de entrevista no Palácio da Alvorada (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 20h58.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff , que tenta a reeleição pelo PT , disse nesta sexta-feira que considerou "estarrecedora" a divulgação de depoimentos com denúncias de corrupção na Petrobras em plena campanha eleitoral, questionando ainda se foram disponibilizados na íntegra.

"Acho muito estranho e muito estarrecedor que no meio de uma campanha eleitoral façam esse tipo de divulgação", disse Dilma a jornalistas nesta sexta-feira, no Palácio da Alvorada. "Que não se use isso de forma leviana em períodos eleitorais e de forma incompleta."

Na véspera foram divulgados áudios com declarações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa detalhando um suposto esquema de propinas na estatal que desviaria recursos para PT, PMDB e PP.

"O que me faz achar muito questionável é justamente o fato de se apresentar parte da prova ou parte dos depoimentos", afirmou.

"Em toda campanha eleitoral há denúncias que depois não se comprovam e assim que acaba a eleição ninguém se responsabiliza por elas", continuou.

Mais tarde, a Justiça Federal do Paraná divulgou nota afirmando que os depoimentos de Costa e também de Alberto Youssef, realizados na quarta-feira e disponibilizados na quinta-feira, fazem parte de ações penais que "não tramitam em segredo de Justiça e, portanto... estão sujeitas ao princípio da publicidade".

A nota esclarece ainda que "permanecem sob sigilo os termos da delação premiada".

No final da tarde, em Canoas (RS), a presidente voltou a criticar o uso eleitoral das denúncias e atacou os tucanos, dizendo que não investigavam quando governaram o país e agora querem dar um golpe eleitoral.

"Jamais investigaram, jamais puniram, jamais procuraram acabar com esse crime horrível que é a corrupção", disse Dilma.

"Agora, na véspera eleitoral, eles sempre querem dar um golpe, estão dando um golpe e esse golpe nós não podemos concordar com ele."

Direito de Defesa

Sobre a permanência do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, citado como envolvido no depoimento do ex-diretor da Petrobras, Dilma disse que vai investigar todas as pessoas, mas que respeita a premissa do direito à defesa.

"Não basta só alguém falar que ouviu dizer, não lembra quando, pode ser que foi, e aí você pega e condena a pessoa", disse, acrescentando que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, tem mantido conversas com Machado.

Questionada se considerava que o PT "errou" neste caso, Dilma defendeu que as pessoas envolvidas nos casos de corrupção sejam punidas, e não as instituições como os partidos políticos.

"Se o PT errou... pessoas do PT erraram, se qualquer outro partido tiver pessoas que erraram, elas têm que ser punidas... doa a quem doer", disse a presidente. "Você não condena uma instituição, no Brasil você condena pessoas."

Combate À Corrupção

Ao reafirmar que tem "tolerância zero" com a corrupção, Dilma voltou a dizer que foi a única dos candidatos à Presidência que apresentou medidas sobre o tema, como a transformação da prática do caixa 2 em crime eleitoral e ações para agilizar o trâmite judicial desses casos.

A presidente aproveitou para criticar o PSDB, dizendo que seu governo respeitou a autonomia de órgãos de investigação como a Polícia Federal e o Ministério Público.

"Quero lembrar que nem sempre foi assim no Brasil. A Polícia Federal foi aparelhada, sim. Foi dirigida durante algum tempo, vocês sabem muito bem, por pessoa que tinha inclusive filiação ao PSDB", afirmou.

"Qual é a diferença nossa: nós investigamos. Me mostra onde é que está (o erro) que eu mando investigar.

Eu não varro para debaixo do tapete." Perguntada sobre a possibilidade de as denúncias causarem impacto em sua campanha, Dilma disse que lutará "com unhas e dentes para que o que não seja justo não ocorra".

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"Acho muito estranho e muito estarrecedor que no meio de uma campanha eleitoral façam esse tipo de divulgação", disse Dilma a jornalistas nesta sexta-feira, no Palácio da Alvorada. "Que não se use isso de forma leviana em períodos eleitorais e de forma incompleta."

Na véspera foram divulgados áudios com declarações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa detalhando um suposto esquema de propinas na estatal que desviaria recursos para PT, PMDB e PP.

"O que me faz achar muito questionável é justamente o fato de se apresentar parte da prova ou parte dos depoimentos", afirmou.

"Em toda campanha eleitoral há denúncias que depois não se comprovam e assim que acaba a eleição ninguém se responsabiliza por elas", continuou.

Mais tarde, a Justiça Federal do Paraná divulgou nota afirmando que os depoimentos de Costa e também de Alberto Youssef, realizados na quarta-feira e disponibilizados na quinta-feira, fazem parte de ações penais que "não tramitam em segredo de Justiça e, portanto... estão sujeitas ao princípio da publicidade".

A nota esclarece ainda que "permanecem sob sigilo os termos da delação premiada".

No final da tarde, em Canoas (RS), a presidente voltou a criticar o uso eleitoral das denúncias e atacou os tucanos, dizendo que não investigavam quando governaram o país e agora querem dar um golpe eleitoral.

"Jamais investigaram, jamais puniram, jamais procuraram acabar com esse crime horrível que é a corrupção", disse Dilma.

"Agora, na véspera eleitoral, eles sempre querem dar um golpe, estão dando um golpe e esse golpe nós não podemos concordar com ele."

Direito de Defesa

Sobre a permanência do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, citado como envolvido no depoimento do ex-diretor da Petrobras, Dilma disse que vai investigar todas as pessoas, mas que respeita a premissa do direito à defesa.

"Não basta só alguém falar que ouviu dizer, não lembra quando, pode ser que foi, e aí você pega e condena a pessoa", disse, acrescentando que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, tem mantido conversas com Machado.

Questionada se considerava que o PT "errou" neste caso, Dilma defendeu que as pessoas envolvidas nos casos de corrupção sejam punidas, e não as instituições como os partidos políticos.

"Se o PT errou... pessoas do PT erraram, se qualquer outro partido tiver pessoas que erraram, elas têm que ser punidas... doa a quem doer", disse a presidente. "Você não condena uma instituição, no Brasil você condena pessoas."

Combate À Corrupção

Ao reafirmar que tem "tolerância zero" com a corrupção, Dilma voltou a dizer que foi a única dos candidatos à Presidência que apresentou medidas sobre o tema, como a transformação da prática do caixa 2 em crime eleitoral e ações para agilizar o trâmite judicial desses casos.

A presidente aproveitou para criticar o PSDB, dizendo que seu governo respeitou a autonomia de órgãos de investigação como a Polícia Federal e o Ministério Público.

"Quero lembrar que nem sempre foi assim no Brasil. A Polícia Federal foi aparelhada, sim. Foi dirigida durante algum tempo, vocês sabem muito bem, por pessoa que tinha inclusive filiação ao PSDB", afirmou.

"Qual é a diferença nossa: nós investigamos. Me mostra onde é que está (o erro) que eu mando investigar.

Eu não varro para debaixo do tapete." Perguntada sobre a possibilidade de as denúncias causarem impacto em sua campanha, Dilma disse que lutará "com unhas e dentes para que o que não seja justo não ocorra".

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