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Dilma diz que Brasil se superou na organização da Copa

Segundo a presidente, o país venceu também uma "campanha negativa" contra a realização do torneio no Brasil


	Dilma Rousseff entrega taça para o capitão do time alemão Philipp Lahm
 (REUTERS/Kai Pfaffenbach)

Dilma Rousseff entrega taça para o capitão do time alemão Philipp Lahm (REUTERS/Kai Pfaffenbach)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2014 às 14h25.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff disse, em entrevista à rede de TV Al Jazeera, que o Brasil, ao organizar a Copa do Mundo, superou não apenas as questões concretas, mas também uma "campanha negativa" contra a realização do torneio no Brasil.

Segundo a presidente, uma série de notícias negativas diziam que o Brasil não tinha condições de receber o torneio.

Orgulhosa do resultado da organização da Copa do Mundo, Dilma teve de responder perguntas sobre os gastos com estádios. Para ela, os US$ 4 bilhões investidos em estádios não são parte significativa dos investimentos feitos em saúde e educação.

Dilma Rousseff falou ainda da importância das obras de infraestrutura realizadas para a Copa do Mundo e disse que o Brasil precisa "do triplo" do que já foi feito. A necessidade de infraestrutura é, para ela, um desafio para o País.

Sobre as obras que não ficaram prontas, como o metrô de Fortaleza citado pelo entrevistador, Dilma fez questão de dizer que elas não estavam sendo feitas para o torneio, mas para a população.

"Tudo que nós investimos na Copa do Mundo vai ficar no Brasil, vai ficar para o brasileiro. O que as pessoas levam do Brasil é o bom tratamento", afirmou a presidente, que lembrou que o País está investindo US$ 70 bilhões em obras de mobilidade urbana.

Ciclo econômico

Durante a entrevista, Dilma afirmou também que o Brasil deve entrar num novo ciclo econômicos ao final da crise que chegou aos países emergentes a partir de 2011.

"Estamos preparando o Brasil para o ciclo econômico. Estamos em baixa no ciclo econômico (em razão da crise), mas sabemos que vamos entrar em um novo ciclo, que se não surgir para o resto do mundo vai surgir para o Brasil", firmou.

A presidente citou como exemplo desse ciclo o investimento em inovação, liderada pelo projeto Ciência Sem Fronteira, que envia estudantes brasileiros para estudar em outros países.

"O Brasil é um país que tem demorado muito para modernizar seu Estado. Precisamos de um Estado mais amigável tanto para os empresários quanto para os cidadãos, os empreendedores. A questão da inovação é fundamental e, por isso temos, feito programas para incentivar a inovação", disse.

Dilma citou a educação como um de quatro passos importantes para o País se desenvolver. Ela inclui na lista investimentos em infraestrutura, a manutenção de programas para assegurar que pessoas que saíram da pobreza possam se manter no novo nível econômico e social atingido, e, por último, melhorar a relação do Estado com o cidadão.

A entrevista foi gravada na última sexta-feira, 11, antes de Dilma ser novamente vaiada e xingada durante a final da Copa do Mundo no Maracanã.

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