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Dilma defende Petrobras e promete punição

Ao realizar forte defesa da Petrobras em cerimônia no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca, Dilma disse que história da estatal tem sido cercada de desafios

Dilma Rousseff em cerimônia no Estaleiro Atlântico Sul: "A Petrobras é maior do que qualquer um de nós, tem o tamanho do Brasil" (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2014 às 15h51.

São Paulo - No final de um discurso de cerca de 40 minutos, a segunda metade dedicada exclusivamente à Petrobras , a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 14, que defenderá a estatal em quaisquer circunstâncias e com todas as suas forças.

"Não deixarei de combater qualquer tipo de ação criminosa ou ilícita de qualquer espécie, seja ela feita por quem for, mas também não ouvirei calada a campanha dos que, por proveito político, ferem a imagem da empresa, que nosso povo construiu com tanto suor e lágrimas", afirmou.

"A Petrobras é maior do que qualquer um de nós, tem o tamanho do Brasil."

Ao realizar forte defesa da Petrobras, durante cerimônia no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca (PE), Dilma disse que a história da estatal tem sido cercada de desafios, "de confusões e até mesmo de armadilhas".

Ela afirmou que "no início diziam" que o país não tinha petróleo e depois, "ironicamente", segundo a presidente, pelo Brasil ter petróleo demais, defendeu-se a privatização da empresa.

"De forma muito sorrateira prepararam todo um processo que, se não interrompido, acabaria por conduzi-la fatalmente a mãos privadas. De tão requintado esse processo, chegou a fazer parte até a troca do nome, que seria Petrobrax, sonegando a sílaba que é a nossa identidade e a nossa nacionalidade: bras, de Brasil."

As tentativas de sucateamento, disse Dilma, deixaram marcas profundas na empresa e na cadeia de petróleo.

"Por anos seguidos, o favorecimento à importação de navios e plataformas, a falta de planejamento e a ausência de uma política de conteúdo nacional trouxeram sérios problemas para os fornecedores nacionais. A redução dos investimentos em geral, em especial em tecnologia, a baixa valorização e renovação do capital humano corroeram essa grande empresa, mas ela teve força para resistir", emendou.

O pronunciamento da presidente em defesa da estatal teve início após Dilma dirigir algumas palavras sobre a indústria naval.

O evento desta segunda-feira foi o primeiro em que Dilma apareceu em público ao lado da presidente da Petrobras, Graça Foster, desde o início da onda de denúncias envolvendo a estatal, e também o discurso mais enfático da presidente sobre a questão.

Para introduzir o assunto, a presidente chamou os trabalhadores da estatal de vencedores, porque "fazem parte de uma empresa vencedora que nada nem ninguém vai conseguir destruir".

"É a maior empresa desse País e esse título dificilmente alguém irá tomar da Petrobras", disse Dilma.

Graça, que discursou brevemente antes da presidente, disse que acredita "mil vezes" na Petrobras e pediu aos trabalhadores: "Nesse momento, eu preciso muito da energia de todos vocês". Nesta terça-feira, 15, Graça irá para Brasília depor na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sobre os casos Pasadena e SBM.

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São Paulo - No final de um discurso de cerca de 40 minutos, a segunda metade dedicada exclusivamente à Petrobras , a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 14, que defenderá a estatal em quaisquer circunstâncias e com todas as suas forças.

"Não deixarei de combater qualquer tipo de ação criminosa ou ilícita de qualquer espécie, seja ela feita por quem for, mas também não ouvirei calada a campanha dos que, por proveito político, ferem a imagem da empresa, que nosso povo construiu com tanto suor e lágrimas", afirmou.

"A Petrobras é maior do que qualquer um de nós, tem o tamanho do Brasil."

Ao realizar forte defesa da Petrobras, durante cerimônia no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca (PE), Dilma disse que a história da estatal tem sido cercada de desafios, "de confusões e até mesmo de armadilhas".

Ela afirmou que "no início diziam" que o país não tinha petróleo e depois, "ironicamente", segundo a presidente, pelo Brasil ter petróleo demais, defendeu-se a privatização da empresa.

"De forma muito sorrateira prepararam todo um processo que, se não interrompido, acabaria por conduzi-la fatalmente a mãos privadas. De tão requintado esse processo, chegou a fazer parte até a troca do nome, que seria Petrobrax, sonegando a sílaba que é a nossa identidade e a nossa nacionalidade: bras, de Brasil."

As tentativas de sucateamento, disse Dilma, deixaram marcas profundas na empresa e na cadeia de petróleo.

"Por anos seguidos, o favorecimento à importação de navios e plataformas, a falta de planejamento e a ausência de uma política de conteúdo nacional trouxeram sérios problemas para os fornecedores nacionais. A redução dos investimentos em geral, em especial em tecnologia, a baixa valorização e renovação do capital humano corroeram essa grande empresa, mas ela teve força para resistir", emendou.

O pronunciamento da presidente em defesa da estatal teve início após Dilma dirigir algumas palavras sobre a indústria naval.

O evento desta segunda-feira foi o primeiro em que Dilma apareceu em público ao lado da presidente da Petrobras, Graça Foster, desde o início da onda de denúncias envolvendo a estatal, e também o discurso mais enfático da presidente sobre a questão.

Para introduzir o assunto, a presidente chamou os trabalhadores da estatal de vencedores, porque "fazem parte de uma empresa vencedora que nada nem ninguém vai conseguir destruir".

"É a maior empresa desse País e esse título dificilmente alguém irá tomar da Petrobras", disse Dilma.

Graça, que discursou brevemente antes da presidente, disse que acredita "mil vezes" na Petrobras e pediu aos trabalhadores: "Nesse momento, eu preciso muito da energia de todos vocês". Nesta terça-feira, 15, Graça irá para Brasília depor na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sobre os casos Pasadena e SBM.

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