Dilma cancela ida a Davos e envia Tombini e Patriota para representá-la
Segundo assessores, há dificuldades de incluir o evento na agenda de compromissos da presidente
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 11h31.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff não participará das discussões do Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), no período de 26 a 30 de janeiro. Em nome do governo brasileiro, irão negociar o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. A decisão foi tomada por Dilma porque, segundo assessores, há dificuldades de incluir o evento na agenda de compromissos da presidente.
De 27 a 29 de abril, ocorrerá no Rio de Janeiro o 6º Fórum Econômico da América Latina. No ano passado, o presidente e fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, disse que o Brasil foi escolhido para sediar o encontro por causa do desempenho do país na América Latina. Em 2009, o mesmo evento ocorreu no Rio.
No ano passado, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva também não compareceu a Davos e enviou o ex-chanceler Celso Amorim para representá-lo. Amorim levou um recado claro de Lula aos participantes recomendando que a crise financeira que atingiu o mundo entre 2009 e 2010 servisse de lição para repensar a economia.
Para os debates no final deste mês, a coordenação do fórum informou que as discussões serão sobre a reformulação dos sistemas existentes e da exploração de estratégias em busca de solução para os impasses. Devem entrar em pauta a falta de consenso sobre as questões climáticas e também as inovações tecnológicas.
Para alguns dos líderes mundiais, as novas tecnologias geraram soluções mais rápidas para conflitos, mas também podem causar problemas, como a guerra cibernética.
No ano passado, os líderes políticos concluíram que era fundamental melhorar a regulação financeira, mas não conseguiram fechar um acordo sobre reforma bancária. Porém, em 2010, os representantes dos bancos afirmaram que as novas regulações serão bem-vindas, mas caso sejam rigorosas demais, podem estrangular o crescimento econômico e incentivar o protecionismo.