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Dilma avalia trocar ministérios após votação de impeachment

Não há certeza, no Planalto, de ganho político ao fazer uma mudança imediata, segundo as fontes

Dilma Rousseff: há dúvidas se uma mudança grande agora traria mais benefícios ou problemas (Evaristo Sá / AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2016 às 20h13.

Brasília - Com dificuldades ainda para avaliar o impacto de uma mudança ministerial de mais fôlego no processo de impeachment , a presidente Dilma Rousseff analisa a possibilidade de fazer as trocas na equipe apenas depois da votação do pedido de impedimento no plenário da Câmara dos Deputados, disseram duas fontes palacianas.

A ideia, que já havia sido aventada na semana passada, ganhou fôlego nos últimos dias diante da dificuldade em acertar uma saída com os seis ministros do PMDB que, apesar do desembarque do partido, decidiram se manter no governo.

Não há certeza, no Planalto, de ganho político ao fazer uma mudança imediata, segundo as fontes.

Parte da equipe de governo acredita que é possível segurar os aliados até a votação com a promessa de ampliação de espaço depois da derrota do impeachment em plenário.

A decisão, segundo as fontes, deve ser tomada pela presidente e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva –que tem agido diretamente nas conversas com aliados– esta semana ainda.

Há dúvidas se uma mudança grande agora traria mais benefícios ou problemas.

Há dificuldades de desalojar o PMDB –e correr o risco de perder votos que, até agora, o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), garante ter–, já que os seis ministros avisaram que querem ficar nos cargos.

“A ideia inicial era manter três (Celso Pansera, na Ciência e Tecnologia, Marcelo Castro, na Saúde, e Hélder Barbalho, na Secretaria de Portos), que garantiriam votos. Mas os outros insistem que têm condições de ajudar a reverter a situação na Câmara”, disse uma das fontes.

A intenção inicial era dividir os seis ministérios do PMDB com PP, PSD e PR, para garantir a manutenção desses partidos na base.

No entanto, a avaliação dos ministros palacianos, que trabalham no varejo para tentar garantir mais votos em plenário, é que a situação melhorou para o governo mesmo sem mudanças drásticas na equipe e poderia se negociar as alterações no primeiro escalão para mais tarde.

“Os cargos de segundo, terceiro escalão estão resolvendo o problema de muita gente. Muita gente estava pedindo e não tinha onde colocar indicados. Agora tem”, disse a outra fonte. Mesmo com a decisão dos ministros do PMDB de tentarem ficar no governo à revelia da direção do partido, Dilma tem exonerado nos últimos dias vários peemedebistas e repassado as vagas para outros partidos que ainda se mantêm na base do governo, abrindo espaço para novos indicados.

Não há uma contagem firme, no entanto, de quantos votos o governo tem em plenário. O otimismo se deveria ao fato de que a oposição não teria os 342 deputados necessários para aprovar o processo.

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Brasília - Com dificuldades ainda para avaliar o impacto de uma mudança ministerial de mais fôlego no processo de impeachment , a presidente Dilma Rousseff analisa a possibilidade de fazer as trocas na equipe apenas depois da votação do pedido de impedimento no plenário da Câmara dos Deputados, disseram duas fontes palacianas.

A ideia, que já havia sido aventada na semana passada, ganhou fôlego nos últimos dias diante da dificuldade em acertar uma saída com os seis ministros do PMDB que, apesar do desembarque do partido, decidiram se manter no governo.

Não há certeza, no Planalto, de ganho político ao fazer uma mudança imediata, segundo as fontes.

Parte da equipe de governo acredita que é possível segurar os aliados até a votação com a promessa de ampliação de espaço depois da derrota do impeachment em plenário.

A decisão, segundo as fontes, deve ser tomada pela presidente e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva –que tem agido diretamente nas conversas com aliados– esta semana ainda.

Há dúvidas se uma mudança grande agora traria mais benefícios ou problemas.

Há dificuldades de desalojar o PMDB –e correr o risco de perder votos que, até agora, o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), garante ter–, já que os seis ministros avisaram que querem ficar nos cargos.

“A ideia inicial era manter três (Celso Pansera, na Ciência e Tecnologia, Marcelo Castro, na Saúde, e Hélder Barbalho, na Secretaria de Portos), que garantiriam votos. Mas os outros insistem que têm condições de ajudar a reverter a situação na Câmara”, disse uma das fontes.

A intenção inicial era dividir os seis ministérios do PMDB com PP, PSD e PR, para garantir a manutenção desses partidos na base.

No entanto, a avaliação dos ministros palacianos, que trabalham no varejo para tentar garantir mais votos em plenário, é que a situação melhorou para o governo mesmo sem mudanças drásticas na equipe e poderia se negociar as alterações no primeiro escalão para mais tarde.

“Os cargos de segundo, terceiro escalão estão resolvendo o problema de muita gente. Muita gente estava pedindo e não tinha onde colocar indicados. Agora tem”, disse a outra fonte. Mesmo com a decisão dos ministros do PMDB de tentarem ficar no governo à revelia da direção do partido, Dilma tem exonerado nos últimos dias vários peemedebistas e repassado as vagas para outros partidos que ainda se mantêm na base do governo, abrindo espaço para novos indicados.

Não há uma contagem firme, no entanto, de quantos votos o governo tem em plenário. O otimismo se deveria ao fato de que a oposição não teria os 342 deputados necessários para aprovar o processo.

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