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Dilma diz ao papa que jovens querem melhora na política

Em discurso de boas-vindas, presidente disse que jovens querem uma política voltada aos interesses da população e que não seja um território de privilégios

Papa Francisco sorri em conversa com Dilma Rousseff após desembarque no Rio de Janeiro (REUTERS/Pilar Olivares)
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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2013 às 20h33.

Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que os jovens querem uma política voltada a atender aos interesses da população e que não seja um território de privilégios e regalias.

Em discurso de boas-vindas ao papa Francisco, que está no Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude, Dilma disse que seu governo compartilha das preocupações expressadas recentemente pelo pontífice com políticas de saída da crise econômica focadas somente na austeridade.

"Vossa Santidade manifestou preocupação com a desigualdade, agravada pela crise financeira, e o papel nocivo das ideologias que defendem um enfraquecimento do Estado", disse.

"Compartilhamos e nos juntamos a essa posição. Estratégias de superação da crise econômica centradas só na austeridade, sem a devida atenção aos enormes custos sociais que ela acarreta, golpeiam os mais pobres e os jovens." A presidente disse que receber o papa no Brasil é uma honra, mas que receber Francisco é uma "honra redobrada" por se tratar do primeiro papa latino-americano.

A presidente citou as manifestações que tomaram as ruas do Brasil em junho, e disse que os jovens, parcela da população majoritária naquelas manifestações, querem melhores serviços públicos e uma política que sirva aos interesses da população.

"Os jovens exigem respeito, ética e transparência. Querem que a política atenda aos seus interesses, aos interesses da população, e não seja território dos privilégios e das regalias", disse a presidente.

Do lado de fora do Palácio Guanabara, onde Dilma deu as boas-vindas ao papa ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), um grupo de manifestantes realizava um protesto e chegou a queimar um boneco que representava o governador do Estado.

Depois do encerramento da cerimônia, a polícia usou bombas de efeito moral e jato d'água para dispersar os manifestantes.

Na semana passada, a Polícia Militar do Rio de Janeiro entrou em confronto com manifestantes que protestavam contra Cabral, e a onda de manifestações fez com que as autoridades elevassem o contingente de pessoas envolvidas na segurança do evento.

Apesar dos temores das autoridades, inclusive com a decisão do papa de não usar carros blindados durante sua visita ao país, Francisco foi recebido por uma multidão no Rio de Janeiro e chegou a ter seu carro cercado várias vezes por pessoas que tentavam se aproximar do líder da Igreja Católica.

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Em discurso de boas-vindas ao papa Francisco, que está no Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude, Dilma disse que seu governo compartilha das preocupações expressadas recentemente pelo pontífice com políticas de saída da crise econômica focadas somente na austeridade.

"Vossa Santidade manifestou preocupação com a desigualdade, agravada pela crise financeira, e o papel nocivo das ideologias que defendem um enfraquecimento do Estado", disse.

"Compartilhamos e nos juntamos a essa posição. Estratégias de superação da crise econômica centradas só na austeridade, sem a devida atenção aos enormes custos sociais que ela acarreta, golpeiam os mais pobres e os jovens." A presidente disse que receber o papa no Brasil é uma honra, mas que receber Francisco é uma "honra redobrada" por se tratar do primeiro papa latino-americano.

A presidente citou as manifestações que tomaram as ruas do Brasil em junho, e disse que os jovens, parcela da população majoritária naquelas manifestações, querem melhores serviços públicos e uma política que sirva aos interesses da população.

"Os jovens exigem respeito, ética e transparência. Querem que a política atenda aos seus interesses, aos interesses da população, e não seja território dos privilégios e das regalias", disse a presidente.

Do lado de fora do Palácio Guanabara, onde Dilma deu as boas-vindas ao papa ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), um grupo de manifestantes realizava um protesto e chegou a queimar um boneco que representava o governador do Estado.

Depois do encerramento da cerimônia, a polícia usou bombas de efeito moral e jato d'água para dispersar os manifestantes.

Na semana passada, a Polícia Militar do Rio de Janeiro entrou em confronto com manifestantes que protestavam contra Cabral, e a onda de manifestações fez com que as autoridades elevassem o contingente de pessoas envolvidas na segurança do evento.

Apesar dos temores das autoridades, inclusive com a decisão do papa de não usar carros blindados durante sua visita ao país, Francisco foi recebido por uma multidão no Rio de Janeiro e chegou a ter seu carro cercado várias vezes por pessoas que tentavam se aproximar do líder da Igreja Católica.

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