Dilma admite que relação com PMDB tem "flutuações"
A presidente, porém, afirmou que os problemas com o partido da base aliada são "pontuais"
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2013 às 12h35.
Adis Abeba - Após enfrentar problemas na aprovação da MP dos Portos e diante de setores do PMDB que apoiam a instalação de uma CPI sobre a Petrobras, a presidente Dilma Rousseff admitiu neste sábado (25) que a relação com o partido tem "flutuações", mas afirmou que os problemas com a sigla são "pontuais".
Dilma falou à imprensa na manhã deste sábado, antes de cumprir agenda para as comemorações dos 50 anos da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia.
"Nós temos uma aliança bastante estável e sólida com o PMDB. O vice-presidente (Michel) Temer tem sido uma pessoa bastante importante nessa aliança, na estabilidade dela. Diferenças, num regime democrático, sempre ocorrem. Elas não são tão relevantes assim. Eu acredito que se tem uma aliança que está bastante testada, porque ela foi testada, não é uma aliança que nós construímos ontem, ela tem uma certa durabilidade, nós estamos há dois anos e quatro meses compartilhando com eles o governo. Aliás, com toda a base aliada. Nós temos uma grande estabilidade (na base)", afirmou Dilma, após ser questionada pelo Broadcast sobre a possível instalação da CPI da Petrobras.
Ao todo, 63% dos 82 parlamentares da bancada do PMDB subscreveram o pedido de investigação. Segundo o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), a criação da CPI não tem qualquer ligação com a atuação dele durante a votação da Medida Provisória dos Portos, quando entrou em rota de colisão com o Palácio do Planalto.
"Nós não vemos nenhum problema nas relações com o PMDB. Nenhum. Há flutuações, né? Porque também há interesses momentâneos desse ou daquele segmento", comentou a presidente.
Questionada se os episódios de atrito seriam pontuais, Dilma respondeu: "São. E não são significantes, do ponto de vista da qualidade da aliança com o PMDB."
Na avaliação da presidente, uma possível instalação da CPI não teria o poder de arranhar a imagem da empresa. "Poder arranhar a imagem da empresa, não acredito. A Petrobras, como empresa, mas principalmente o Brasil, como possuidor de reserva, tem agora uma imensa riqueza provada com essa licitação do campo de Libra", destacou.
"Se você considerar todas as reservas que nós acumulamos desde que a Petrobras começou a explorar petróleo no Brasil, nós acumulamos em torno de 14 bilhões de reservas de petróleo equivalente. Este campo de Libra, só ele, que é um dos campos do pré-sal, pode ter entre 8 a 12 bilhões. Isso significa que o Brasil tem a possibilidade de explorar um nível de produção de petróleo que nunca teve antes concentrada num só campo. Isso implica renda, implica capacidade de demanda à indústria naval. Significa que nós temos hoje o horizonte de nos transformarmos num país com uma posição no mundo do petróleo extremamente diferenciada e estratégica", afirmou.
Adis Abeba - Após enfrentar problemas na aprovação da MP dos Portos e diante de setores do PMDB que apoiam a instalação de uma CPI sobre a Petrobras, a presidente Dilma Rousseff admitiu neste sábado (25) que a relação com o partido tem "flutuações", mas afirmou que os problemas com a sigla são "pontuais".
Dilma falou à imprensa na manhã deste sábado, antes de cumprir agenda para as comemorações dos 50 anos da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia.
"Nós temos uma aliança bastante estável e sólida com o PMDB. O vice-presidente (Michel) Temer tem sido uma pessoa bastante importante nessa aliança, na estabilidade dela. Diferenças, num regime democrático, sempre ocorrem. Elas não são tão relevantes assim. Eu acredito que se tem uma aliança que está bastante testada, porque ela foi testada, não é uma aliança que nós construímos ontem, ela tem uma certa durabilidade, nós estamos há dois anos e quatro meses compartilhando com eles o governo. Aliás, com toda a base aliada. Nós temos uma grande estabilidade (na base)", afirmou Dilma, após ser questionada pelo Broadcast sobre a possível instalação da CPI da Petrobras.
Ao todo, 63% dos 82 parlamentares da bancada do PMDB subscreveram o pedido de investigação. Segundo o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), a criação da CPI não tem qualquer ligação com a atuação dele durante a votação da Medida Provisória dos Portos, quando entrou em rota de colisão com o Palácio do Planalto.
"Nós não vemos nenhum problema nas relações com o PMDB. Nenhum. Há flutuações, né? Porque também há interesses momentâneos desse ou daquele segmento", comentou a presidente.
Questionada se os episódios de atrito seriam pontuais, Dilma respondeu: "São. E não são significantes, do ponto de vista da qualidade da aliança com o PMDB."
Na avaliação da presidente, uma possível instalação da CPI não teria o poder de arranhar a imagem da empresa. "Poder arranhar a imagem da empresa, não acredito. A Petrobras, como empresa, mas principalmente o Brasil, como possuidor de reserva, tem agora uma imensa riqueza provada com essa licitação do campo de Libra", destacou.
"Se você considerar todas as reservas que nós acumulamos desde que a Petrobras começou a explorar petróleo no Brasil, nós acumulamos em torno de 14 bilhões de reservas de petróleo equivalente. Este campo de Libra, só ele, que é um dos campos do pré-sal, pode ter entre 8 a 12 bilhões. Isso significa que o Brasil tem a possibilidade de explorar um nível de produção de petróleo que nunca teve antes concentrada num só campo. Isso implica renda, implica capacidade de demanda à indústria naval. Significa que nós temos hoje o horizonte de nos transformarmos num país com uma posição no mundo do petróleo extremamente diferenciada e estratégica", afirmou.