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Dilma admite que pode ter "errado na dose" na área econômica

Presidente admitiu que seu governo pode ter cometido "algum erro de dosagem" na política econômica anticíclica adotada no primeiro mandato

Presidente Dilma Rousseff em Brasília: "é possível que a gente possa até ter até cometido algum" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente Dilma Rousseff em Brasília: "é possível que a gente possa até ter até cometido algum" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 20h19.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff admitiu nesta tarde que seu governo pode ter cometido "algum erro de dosagem" na política econômica anticíclica adotada no primeiro mandato.

"É possível que a gente possa até ter até cometido algum", declarou a petista, em coletiva de imprensa após a sanção do Novo Código do Processo Civil, no Palácio do Planalto. 

A fala da presidente foi a primeira após a onda de protestos contra a corrupção e contra o governo realizados no último domingo, 15.

Em seu discurso, ela enfatizou que está aberta ao diálogo para resolver os eventuais problemas do governo e que são necessários algumas "correções" na política econômica do governo federal.

Apesar de ter admitido que possa ter se equivocado, a presidente destacou que a situação atual seria pior caso a equipe econômica de seus quatro anos iniciais não tivesse empreendido medidas como a desoneração da folha de pagamentos e diversas subvenções econômicas para enfrentar um cenário internacional adverso.

"Tem gente que acha que a gente tinha de ter deixado algumas empresas quebrarem e os trabalhadores se desempregarem. Eu tendo a achar que isso era um custo muito grande para o País", defendeu-se. "É possível discutir se podia ser um pouco mais ou um pouco menos", ponderou.

Mesmo um erro de dosagem não justifica a situação atual, com o País necessitando de um pesado ajuste fiscal para reestruturar seus contas públicas, disse Dilma.

"A economia não reagiu. Ninguém pode negar que fizemos de tudo para a economia reagir. Podem falar que era melhor deixar quebrar. Eu não acredito nisso".

Por último, ela concluiu argumentando que não é aceitável que o País volte a ter os níveis de desemprego registrados no passado.

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