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Dia Mundial da Doença de Parkinson é lembrado no Rio

Voluntários e pessoas que convivem com a doença promoveram uma campanha de conscientização na Estação Central do Brasil do metrô, no centro da capital fluminense

Parkinson: a campanha “Viva bem com Parkinson” é uma parceria entre a Academia Brasileira de Neurologia, a Associação de Parkinson Carioca (APC) e o Metrô Rio. (Nicholas Kamm/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Rio de Janeiro – No Dia Mundial da Doença de Parkinson, lembrado hoje (11), profissionais da saúde , voluntários e pessoas que convivem com a doença promoveram uma campanha de conscientização na Estação Central do Brasil do metrô, no centro da capital fluminense. Uma equipe distribuiu materiais informativos e esclareceu dúvidas da população sobre a doença, que atinge pelo menos 300 mil brasileiros.

A campanha “Viva bem com Parkinson” é uma parceria entre a Academia Brasileira de Neurologia, a Associação de Parkinson Carioca (APC) e o Metrô Rio.

De acordo com a presidenta da APC, Wilma Costa Souza, “a ideia da ação é trazer o portador de Parkinson para um grupo de pessoas que também tenham a doença, e mostrar a ele que é possível ser feliz, ter qualidade de vida, embora tenha uma enfermidade crônica, sem cura, mas com muitas possibilidades de tratamento”.

APC é uma instituição que inclui cuidadores, profissionais de saúde, pacientes e parentes, e oferece tratamentos gratuitos a pessoas com a doença.

Diagnosticado com Parkinson há cinco anos, o vice-presidente da APC, Carlos Ney Vitório, 59 anos, disse que existe muito preconceito e distanciamento em relação aos pacientes. “A gente que tem a doença, que treme involuntariamente, não vai se curvar diante dessas indiferenças. Estou aqui enfermo, mas lúcido.

O Poder Público deveria se mobilizar, com políticas de saúde coerentes e afirmativas. Se eu não tivesse o apoio da minha esposa, família e associação, seria muito difícil viver com a doença.”


A mulher de Carlos Ney, Luciene Ferraz, disse que os gastos da família com medicação e tratamento são elevados. “Mas e as pessoas que não tem condições financeiras? A gente treme por causa da doença, mas temos tremido por falta de apoio. Em casa eu tenho que ajudá-lo a tirar meia, sapato, vestir camisa e calça, dar banho, porque ele não tem mais mobilidade da cintura para baixo.

A alimentação e o humor mudam. Acima de tudo, temos que ter muito carinho pelo paciente”.

Segundo o neurologista Flávio Costa, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a doença é muito comum no mundo todo e a estimativa é que afete cerca de 1% das pessoas acima de 60 anos de idade.

“Com o processo de envelhecimento da população, vai ser cada vez mais comum o diagnóstico dessa condição nas famílias do país. A doença não tem cura, mas com o tratamento é possível manter uma excelente qualidade de vida para essas pessoas”.

O mal de Parkinson é uma doença crônica e progressiva que ocorre devido à perda de neurônios do sistema nervoso central. A causa ainda é desconhecida, porém alguns especialistas acreditam que fatores ambientais e genéticos estejam ligados ao seu surgimento.

Os principais sintomas são motores e se manifestam por meio de rigidez muscular, tremor, lentidão dos movimentos e alteração do equilíbrio. Podem ocorrer também depressão, alterações do sono, diminuição do olfato e constipação intestinal.

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Rio de Janeiro – No Dia Mundial da Doença de Parkinson, lembrado hoje (11), profissionais da saúde , voluntários e pessoas que convivem com a doença promoveram uma campanha de conscientização na Estação Central do Brasil do metrô, no centro da capital fluminense. Uma equipe distribuiu materiais informativos e esclareceu dúvidas da população sobre a doença, que atinge pelo menos 300 mil brasileiros.

A campanha “Viva bem com Parkinson” é uma parceria entre a Academia Brasileira de Neurologia, a Associação de Parkinson Carioca (APC) e o Metrô Rio.

De acordo com a presidenta da APC, Wilma Costa Souza, “a ideia da ação é trazer o portador de Parkinson para um grupo de pessoas que também tenham a doença, e mostrar a ele que é possível ser feliz, ter qualidade de vida, embora tenha uma enfermidade crônica, sem cura, mas com muitas possibilidades de tratamento”.

APC é uma instituição que inclui cuidadores, profissionais de saúde, pacientes e parentes, e oferece tratamentos gratuitos a pessoas com a doença.

Diagnosticado com Parkinson há cinco anos, o vice-presidente da APC, Carlos Ney Vitório, 59 anos, disse que existe muito preconceito e distanciamento em relação aos pacientes. “A gente que tem a doença, que treme involuntariamente, não vai se curvar diante dessas indiferenças. Estou aqui enfermo, mas lúcido.

O Poder Público deveria se mobilizar, com políticas de saúde coerentes e afirmativas. Se eu não tivesse o apoio da minha esposa, família e associação, seria muito difícil viver com a doença.”


A mulher de Carlos Ney, Luciene Ferraz, disse que os gastos da família com medicação e tratamento são elevados. “Mas e as pessoas que não tem condições financeiras? A gente treme por causa da doença, mas temos tremido por falta de apoio. Em casa eu tenho que ajudá-lo a tirar meia, sapato, vestir camisa e calça, dar banho, porque ele não tem mais mobilidade da cintura para baixo.

A alimentação e o humor mudam. Acima de tudo, temos que ter muito carinho pelo paciente”.

Segundo o neurologista Flávio Costa, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a doença é muito comum no mundo todo e a estimativa é que afete cerca de 1% das pessoas acima de 60 anos de idade.

“Com o processo de envelhecimento da população, vai ser cada vez mais comum o diagnóstico dessa condição nas famílias do país. A doença não tem cura, mas com o tratamento é possível manter uma excelente qualidade de vida para essas pessoas”.

O mal de Parkinson é uma doença crônica e progressiva que ocorre devido à perda de neurônios do sistema nervoso central. A causa ainda é desconhecida, porém alguns especialistas acreditam que fatores ambientais e genéticos estejam ligados ao seu surgimento.

Os principais sintomas são motores e se manifestam por meio de rigidez muscular, tremor, lentidão dos movimentos e alteração do equilíbrio. Podem ocorrer também depressão, alterações do sono, diminuição do olfato e constipação intestinal.

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