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Detento reconhece PM que "poupou sua vida" no Carandiru

No dia do massacre, Freitas disse ter se escondido na cela 307-E do Pavilhão 9, embaixo de outros cadáveres, "onde podia sentir o sangue dos mortos"

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2013 às 17h08.

São Paulo - A terceira testemunha de acusação começou a ser ouvida por volta das 16h10 desta segunda-feira, 15, no julgamento do massacre do Carandiru.

Após depoimento de uma hora do ex-detento Marco Antônio de Moura, Luiz Alexandre de Freitas, detento da Penitenciária de Marília, relatou o que presenciou durante a invasão policial na Casa de Detenção.

No dia do massacre, Freitas disse ter se escondido na cela 307-E do Pavilhão 9, embaixo de outros cadáveres, "onde podia sentir o sangue dos mortos".

De acordo com Freitas, os presos não portavam armas e estavam todos com as mãos na cabeça. A maioria dos mortos que ele avistou nas celas ao seu redor estava nu, "prontos para a blitz dos PMs", afirmou.

Ele identificou entre os réus o policial que teria "poupado" a sua vida por considerá-lo parecido com o próprio filho.

"É um policial japonês. Ele disse: ‘pode ir, porque você é a cara do meu filho’". A advogada de defesa, Ieda Ribeiro de Souza, perguntou se ele tinha certeza sobre a identificação do policial.

"Tenho certeza absoluta", afirmou Freitas. "Só para constar que o policial reconhecido é o sargento Wlandekis Antônio Cândido Silva", acrescentou a advogada ao final dos questionamentos.

A testemunha cumpre pena de 23 anos por seis roubos cometidos, atualmente em regime semiaberto. Em 2 de outubro de 1992, data do massacre, ele estava preso no Carandiru. Ao total, 24 testemunhas (14 de acusação e 10 de defesa) serão ouvidas pelo Tribunal do Júri.

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Após depoimento de uma hora do ex-detento Marco Antônio de Moura, Luiz Alexandre de Freitas, detento da Penitenciária de Marília, relatou o que presenciou durante a invasão policial na Casa de Detenção.

No dia do massacre, Freitas disse ter se escondido na cela 307-E do Pavilhão 9, embaixo de outros cadáveres, "onde podia sentir o sangue dos mortos".

De acordo com Freitas, os presos não portavam armas e estavam todos com as mãos na cabeça. A maioria dos mortos que ele avistou nas celas ao seu redor estava nu, "prontos para a blitz dos PMs", afirmou.

Ele identificou entre os réus o policial que teria "poupado" a sua vida por considerá-lo parecido com o próprio filho.

"É um policial japonês. Ele disse: ‘pode ir, porque você é a cara do meu filho’". A advogada de defesa, Ieda Ribeiro de Souza, perguntou se ele tinha certeza sobre a identificação do policial.

"Tenho certeza absoluta", afirmou Freitas. "Só para constar que o policial reconhecido é o sargento Wlandekis Antônio Cândido Silva", acrescentou a advogada ao final dos questionamentos.

A testemunha cumpre pena de 23 anos por seis roubos cometidos, atualmente em regime semiaberto. Em 2 de outubro de 1992, data do massacre, ele estava preso no Carandiru. Ao total, 24 testemunhas (14 de acusação e 10 de defesa) serão ouvidas pelo Tribunal do Júri.

Acompanhe tudo sobre:PrisõesProcessos judiciaisViolência política

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