Jardim Botânico do Rio: desocupação do Caxinguelê é parte da ação de reintegração e foi decidida após quase 20 anos de litígio (Rodrigo Soldon/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2014 às 21h43.
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, garantiu nesta segunda-feira, 5, que as famílias de baixa renda que foram despejadas do Jardim Botânico, zona sul do Rio, serão beneficiadas com um imóvel do programa Minha Casa, Minha Vida, desde que atendam aos critérios do programa. Ela falou que o governo federal só cumpriu a determinação judicial para que a área do Clube Caxinguelê voltasse ao Jardim Botânico.
"O que a Justiça manda cumprir, se cumpre. Não é para ameaçar ninguém. Tem que ter cuidado com as coisas, mas paralelamente há decisões judiciais", afirmou. A desocupação do Caxinguelê é parte da ação de reintegração e foi decidida após quase 20 anos de litígio. No lugar, segundo a ministra, serão construídos uma estufa e um orquidário.
Durante a reintegração de posse do clube construído há 50 anos, pelo menos duas pessoas ficaram feridas. Cerca de cem moradores da comunidade do Horto protestaram contra a ação da PM. Para solucionar a questão, a ministra disse que o governo federal trabalha junto com a Prefeitura do Rio para dar amparo às famílias de baixa renda que viviam no local.
A faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida atende famílias com renda mensal de até R$ 1,5 mil. O subsídio do governo para esse público chega a 95% do valor do imóvel. Na faixa 2, com subsídio menor, a renda das famílias pode ser de até 3,275 mil. Já na faixa 3, os beneficiários devem ter renda de no máximo R$ 5 mil por mês.