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Curtas – o que houve de mais importante ontem

Apoiadores do presidente venezuelano Nicolás Maduro invadiram a sede do Parlamento do país, detonando fogos de artifício contra deputados da oposição

Venezuela: políticos e jornalistas ficaram feridos na ação (Andres Martinez Casares/Reuters)

Venezuela: políticos e jornalistas ficaram feridos na ação (Andres Martinez Casares/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2017 às 07h00.

Última atualização em 6 de julho de 2017 às 08h41.

Reoneração da folha

Em nova derrota no Congresso, o governo não conseguiu reverter o adiamento da reoneração da folha de pagamentos. Com a reoneração de 50 setores da economia ainda neste mês, o governo pretendia arrecadar 2,5 bilhões de reais em 2017.

Foi mantida a proposta de adiamento para janeiro de 2018. A matéria ainda será votada nos plenários da Câmara, na próxima semana e onde nova tentativa será feita, e do Senado.

Para governistas, a reoneração tem de ser aprovada antes do recesso para que a medida provisória que criou a reoneração da folha não perca a validade.

Os setores têxtil e confecções, call center, tecnologia da informação, calçados e couro, fabricação de ônibus e carrocerias, máquinas e equipamentos e transporte rodoviário de cargas foram excluídos da reoneração.

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

Dinheiro para deputados

Para acalmar os ânimos no Congresso em meio à crise política, o governo federal intensificou a liberação de emendas parlamentares no mês de junho. De janeiro a maio, foram transferidos 959 milhões de reais em emendas e restos a pagar a deputados e senadores.

Em junho, foram 529 milhões de reais. O levantamento foi feito pela agência Reuters no Siafi, sistema de gastos orçamentários do governo. O governo havia liberado até 9 de maio pouco mais do que o acumulado do mês de junho: 531,5 milhões de reais. Uma semana depois, foi divulgada a delação de executivos da J&F.

Tasso sobre Aécio

Em conversa com jornalistas, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), afirmou que a posição da legenda “é cada vez mais clara” pela saída do governo Temer. “O posicionamento é pelo desembarque, não é de oposição”, disse.

Como antes, a ideia do partido é se afastar do peemedebista, defendendo as reformas de ajuste fiscal. A respeito de Aécio Neves (PSDB-MG), disse que o senador deve tomar uma decisão definitiva sobre quem ficará no comando da legenda até o fim desta semana. “A decisão será dele porque é ele que tem o mandato de presidente.”

Crise na Polícia Rodoviária

A Polícia Rodoviária Federal vai suspender, a partir da quinta-feira (6), parte dos serviços de patrulhamento, de resgate, de escolta de cargas e vai fechar postos de atendimento por falta de verba.

Em nota, a PRF diz que foi afetada pelos recentes cortes no orçamento federal e que não consegue prestar os serviços nem garantir o abastecimento mínimo e a manutenção dos veículos de sua frota.

A PRF tinha orçamento de 460 milhões de reais para este ano, mas receberá apenas 258 milhões de reais. Em 2016, eram 590 milhões, 56% menos do que será recebido.

Palocci e Vaccari presos

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou pedidos de liberdade do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, condenado a 12 anos de prisão, e de João Vaccari Neto, condenado a 30 anos e dois meses.

No caso de Palocci, o desembargador diz que os pressupostos da preventiva determinada pelo juiz federal Sergio Moro foram reforçados pela materialidade das provas. Palocci seria o responsável pela conta-corrente de propina da Odebrecht para o PT, que envolveu cerca de 200 milhões de reais.

Vaccari, que teve sua pena diminuída em 15 anos e quatro meses pelo TRF-4, entrou com pedido de habeas corpus para derrubar sua preventiva, mas isso também foi negado.

Máfia dos ônibus no Rio

Em apreensão autorizada pela Justiça, o Banco Central encontrou cerca de 350 milhões de reais nas contas de 44 empresários e empresas do esquema de corrupção nos transportes do Rio de Janeiro.

O pedido inicial era de bloqueio de 520 milhões de reais, após o Ministério Público Federal identificar pagamentos de 260 milhões de reais a políticos e empresários entre 2010 e 2016 — o restante estaria em poder de investigados com foro privilegiado, apurado, portanto, pela Procuradoria-Geral da República. Não havia dinheiro na conta do ex-governador Sergio Cabral, apontado como o comandante do esquema.

Violência na Venezuela

Apoiadores do presidente venezuelano Nicolás Maduro invadiram a sede do Parlamento do país, detonando fogos de artifício contra os deputados da oposição.

Alguns dos homens estavam encapuzados e munidos de pedaços de madeira. Políticos e jornalistas ficaram feridos na ação. Os deputados Leonardo Regnault, Américo de Grazzia e Armando Armas postaram, nas redes sociais, fotos em que aparecem sangrando.

A crise na Venezuela entra, portanto, em um novo patamar. Em três meses, 91 pessoas já foram mortas em protestos contra o governo, que convocou uma Assembleia Constituinte.

Sanções contra a Coreia do Norte

Os Estados Unidos devem apresentar no Conselho de Segurança da ONU um projeto de novas sanções contra a Coreia do Norte. Na terça-feira, o regime de Kim Jong-un realizou seu primeiro teste de um míssil intercontinental capaz de levar uma grande ogiva nuclear.

“Temos outros métodos de abordar os que nos ameaçam e aqueles que ajudam os que nos ameaçam. Nós temos grande capacidade na área comercial”, afirmou a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley.

A opção de uma ação militar também não foi descartada. China e Rússia devem se opor às novas medidas.

Trauma em Mossul

“A população está traumatizada”, afirmou a organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) sobre os moradores de Mossul.

A cidade ao norte do Iraque foi tomada pelo governo das mãos do Estado Islâmico e, só agora, ONGs estão conseguindo atuar na área. De acordo com a MSF, ainda há milhares de civis presos nos escombros das casas.

Merkel X Trump

A chanceler Angela Merkel voltou a criticar o presidente americano, Donald Trump, nesta quarta-feira. “Enquanto nós estamos procurando pelas possibilidades de cooperação para beneficiar a todos, a globalização é vista pelo governo americano não mais como um processo em que não há relação ganha-ganha, mas algo em que há vencedores e perdedores”, disse em entrevista.

Merkel e Trump devem se encontrar neste final de semana durante a reunião do G20, em Hamburgo.

Boicote ao Catar

Em reunião no Cairo, nesta quarta-feira, os ministros das relações exteriores de Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Barein afirmaram que o boicote ao Catar vai continuar.

Esses quatro países cortaram relações diplomáticas com o emirado, além de realizar bloqueio naval, terrestre e aéreo. As nações acusam o Catar de apoiar atividades de grupos terroristas financiados pelo Irã, além de defender o fim da rede de televisão Al-Jazeera — que realiza uma cobertura crítica dos países da região.

Mortes no México

Pelo menos 26 pessoas morreram numa briga de facções criminosas no norte do México. Segundo o procurador-geral do país, o conflito aconteceu na região de Las Varas entre os cartéis de drogas La Linea e Sinaloa.

Com a extradição do líder do Sinaloa, “El Chapo” Guzmán, para os Estados Unidos, uma briga pelo controle no território cresceu na região.

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