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Deputados querem abrir CPI da "pílula do câncer"

Há um embate entre quem afirma que o composto não surte efeito e dezenas de famílias que asseguram que a substância é uma grande arma contra a doença


	Pílulas: a CPI pretende levar os órgãos do governo a uma ação imediata para avançar com as pesquisas e liberar o uso do produto
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Pílulas: a CPI pretende levar os órgãos do governo a uma ação imediata para avançar com as pesquisas e liberar o uso do produto (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2015 às 06h37.

Sorocaba - Com a assinatura de 42 deputados, dez a mais que o número necessário, foi protocolado nesta quinta-feira, 22, na Assembleia Legislativa de São Paulo requerimento de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) visando a apurar a demora do Estado em realizar testes com a fosfoetanolamina - substância produzida pela Universidade de São Paulo (USP) no câmpus de São Carlos, que supostamente teria eficácia contra o câncer

Pacientes estão recorrendo a liminares na Justiça para obter as "pílulas do câncer" desde que a USP deixou de distribuir a substância a quem procurava.

De acordo com o deputado Rafael Silva (PDT), autor da proposta, os últimos dias têm sido marcados pelo embate entre quem afirma que o composto não surte efeito e dezenas de famílias que asseguram que a ingestão da substância é uma grande arma contra a doença.

"O professor aposentado da USP Gilberto Orivaldo Chierice, responsável por trabalhar por quase duas décadas com a produção dessa substância, afirma que órgãos estaduais e federais não tiveram interesse em apoiar a continuidade dos estudos para a regulamentação do composto pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)", afirma o parlamentar.

Segundo Silva, além de buscar entender as razões pelas quais os estudos e análises clínicas não aconteceram até hoje, a CPI pretende levar os órgãos do governo a uma ação imediata para avançar com as pesquisas e liberar o uso do produto.

O deputado já conversou com lideranças de bancadas e acredita que pode haver consenso para que a instalação da CPI seja antecipada, em virtude da relevância do assunto. "Nesse caso, estamos tratando de vidas que podem ser salvas, ou não", disse.

Alternativa

O deputado Cauê Macriz (PSDB), líder do governo Geraldo Alckmin na Assembleia, disse que, embora o tema seja relevante, a Casa tem um regimento interno que não permite a quebra na ordem das propostas de CPI.

Atualmente, existem cerca de 14 propostas na fila. Segundo ele, nada impede que, em vez de uma CPI, o assunto seja discutido na Comissão de Saúde ou por uma frente parlamentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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