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Deputado pede abertura de CPI para apurar desvios na Dersa

Deputado do PSOL quer investigar eventuais desvios em contratos da Dersa com empreiteiras entre 2005 e 2012

Dersa: operador Adir Assad informou ter repassado propina para ex-diretor da Dersa (Nicolas Raymond/iStockphoto)

Dersa: operador Adir Assad informou ter repassado propina para ex-diretor da Dersa (Nicolas Raymond/iStockphoto)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de março de 2017 às 14h44.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2018 às 15h14.

Sorocaba - O deputado estadual Raul Marcelo (PSOL), com base eleitoral em Sorocaba, cidade do interior de São Paulo, apresentou requerimento na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar eventuais desvios de recursos em contratos da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) com empreiteiras, entre 2005 e 2012.

O pedido se baseia em informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre a proposta de delação do operador financeiro Adir Assad na Lava Jato na qual ele afirmou ter repassado cerca de R$ 100 milhões para Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, estatal responsável por investimentos rodoviários no Estado.

"Nesse momento estamos iniciando a coleta de assinaturas para criar a CPI, já que existem indícios suficientes de desvios de recursos públicos em contratos da estatal", disse o parlamentar.

Lobista

Preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde agosto do ano passado, Assad é apontado como o maior emissor de notas frias para lavagem de dinheiro de empreiteiras suspeitas de envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobrás.

Na tratativa com a força-tarefa na capital paranaense, Assad admitiu ter usado suas empresas de fachada para lavar recursos de empreiteiras em obras viárias na capital e região metropolitana de São Paulo, entre elas a Nova Marginal Tietê, o Rodoanel e o Complexo Jacu-Pêssego.

Questionado pela reportagem sobre o assunto, o Governo de São Paulo disse, por meio de nota, que "respeita todas as decisões do legislativo paulista". A Dersa informou, também por meio de nota "que não lhe cabe se manifestar acerca do livre exercício da atividade parlamentar."

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