Santos é o primeiro réu a responder as perguntas do juiz José Augusto Marzagão e dos promotores, após 20 PMs recorreram ao direito de permanecerem calados (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2013 às 15h13.
São Paulo - Ronaldo Ribeiro dos Santos, capitão da 2ª companhia da Rota à época do massacre do Carandiru, continua sendo interrogado no início da tarde desta sexta-feira, dia 19.
Ele é o primeiro réu a responder as perguntas do juiz José Augusto Marzagão e dos promotores, após 20 PMs recorreram ao direito de permanecerem calados. O depoimento do capitão à época, hoje tenente-coronel da reserva, iniciou por volta das 12h30.
Santos afirmou que chegou ao Carandiru por volta das 15h15 do dia 2 de outubro de 1992, quando se reuniu com o diretor do Carandiru, Ismael Pedrosa.
Depois de entrarem no presídio, a ação não teria demorado mais que 20 minutos. "Quando saímos, ainda era dia". Os disparos no segundo pavimento do Pavilhão 9 vinham do corredor, e não das celas, conforme relato do capitão.
Sobre a vistoria feita nas celas após a ocupação do segundo pavimento do Pavilhão 9 do Carandiru, Santos disse não ter visto mortos dentro das celas. "Nós tínhamos um plano de ação que foi seguido à risca. Eu fiz a vistoria das celas apenas do meu lado (direito)".
Questionado pelos promotores sobre a sua relação com o coronel Ubiratan Guimarães, Santos respondeu: "Eu o conhecia pela forma atuante. Era um bom comandante".