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Com depoimento de Aécio, campanha de Serra inicia "sacudida"

O movimento faz parte da reação à escalada da adversária Dilma Rousseff (PT), que nas pesquisas de intenção de voto tem mostrado boas chances de vitória

Faz parte da estratégia da coligação também atuar mais fortemente em São Paulo

Faz parte da estratégia da coligação também atuar mais fortemente em São Paulo

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 15h39.

São Paulo -  A presença do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves na propaganda de TV do candidato à Presidência José Serra está sendo vista por tucanos e aliados como uma nova etapa na campanha do PSDB.

O movimento faz parte da reação à escalada da adversária Dilma Rousseff (PT), que nas pesquisas de intenção de voto tem mostrado boas chances de vitória já no primeiro turno. O tom assumido pela campanha é de que a vitória da petista não passa de uma onda e que a eleição não está decidida. Serra deixou o topo das pesquisas no final de julho.

Aécio viajou a São Paulo nesta quarta-feira especialmente para gravar um depoimento que será exibido no horário gratuito.

Ele permaneceu cerca de uma hora no estúdio do marqueteiro de Serra, Luiz Gonzalez, na Vila Leopoldina, onde pediu votos e elogiou o companheiro de partido, que não estava presente, e cumpria agenda em Natal (RN).

O candidato ao Senado por Minas vai, segundo um aliado, "dar cor local" à campanha serrista no segundo maior colégio eleitoral do país, com pouco mais de 10 por cento dos eleitores.

Para um tucano graduado, a presença do mineiro, que goza de alta popularidade, está atrasada, ele deveria ter aparecido junto a Serra na TV, próximo da estreia, na terça-feira da semana passada. Outros altos integrantes do partido também foram escalados para gravar depoimentos.

"O programa de TV do Serra ficou mais ágil, mais ligado à conjuntura, ao que acontece. O partido deu uma sacudida para desfazer a onda de que já tem uma vencedora e um vencido", disse à Reuters o ex-ministro José Gregori, responsável pelas finanças da campanha.

"(A vitória de Dilma) é uma suposição 40 dias antes da eleição", arrematou Gregori, que acusa o presidente Lula de se colocar como figura central da campanha petista.

Na véspera, o programa eleitoral de Serra se utilizou de escândalos para se confrontar a Dilma.  


Durante os instantes finais, o programa lembrou o escândalo do mensalão, suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio ao governo Lula no Congresso.

Mostrando os ex-ministros do governo Lula Antônio Palocci (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil), afirma que os dois, envolvidos em escândalos, vão retornar ao governo se Dilma vencer as eleições de outubro. E deixou de mostrar a imagem do presidente Lula, como na semana passada.

Faz parte da estratégia da coligação também atuar mais fortemente em São Paulo, unindo ainda mais as agendas de Serra com a do candidato ao governo paulista, Geraldo Alckmin. Com mais de 50 por cento de intenções de voto, o ex-governador aparece como vencedor no primeiro turno, segundo as últimas pesquisas.

"Estamos trabalhando para o segundo turno lá (na disputa nacional) e tentando liquidar no primeiro aqui", disse um aliado dos dois candidatos.

Está agendado ainda um grande encontro com prefeitos do Estado no dia 1º de setembro.


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