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Denunciado ao STF, tucano Eduardo Azeredo renuncia

Carta de renúncia foi entregue hoje após deputado ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República


	Eduardo Azeredo: renúncia de Azeredo pode representar um alívio para o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG), que deve disputar a Presidência
 (José Cruz/ABr)

Eduardo Azeredo: renúncia de Azeredo pode representar um alívio para o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG), que deve disputar a Presidência (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 14h25.

Brasília - O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) entregou à Presidência da Câmara a carta de renúncia ao mandato de deputado nesta quarta-feira, após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na ação penal que investiga sua participação no escândalo que ficou conhecido como mensalão mineiro, informou a Secretaria-Geral da Mesa da Casa.

A decisão de renúncia, confirmada anteriormente pela assessoria do parlamentar, foi formalizada com a entrega da carta, levada ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), por Renato Azeredo, filho do tucano.

O deputado apresenta problemas de saúde e não pôde se deslocar a Brasília, segundo a assessoria.

A renúncia de Azeredo pode representar um alívio para o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG), que deve disputar a Presidência e teria que enfrentar críticas sobre a postura ética do correligionário mineiro.

O senador negou, no entanto, que a renúncia de Azeredo tenha qualquer interferência no cenário eleitoral. Aécio afirmou ainda que não houve pressão do partido pela renúncia.

Com a renúncia, existe a possibilidade de que a denúncia feita pela PGR ao Supremo seja enviada para a primeira instância da Justiça Federal, já que o deputado perderá o foro privilegiado.

O mensalão mineiro, ou mensalão tucano, ficou conhecido como o suposto esquema de desvio de verbas públicas em Minas Gerais para o caixa de campanha de Eduardo Azeredo (PSDB) à reeleição do governo estadual em 1998.

O esquema é considerado como o embrião do mensalão petista, que se caracterizou pela compra de apoio político no Congresso durante o primeiro mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Importantes lideranças do PT, como o ex-presidente da sigla José Genoino e do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, foram condenados pelo STF e estão presos.

O empresário Marcos Valério, condenado pelo STF no processo do mensalão petista por ter operado o esquema, também é citado no caso do mensalão tucano.

O presidente do Diretório PSDB em Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, afirmou que fará um pronunciamento no fim da tarde desta quarta sobre o assunto.

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