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Demora em votação do ajuste levou a rebaixamento, diz Amaral

Segundo o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, o cenário de instabilidade política contamina a economia e traz inseguranças.

Sede da Fitch Ratings: A agência rebaixou o rating de longo prazo do Brasil em moeda estrangeira e local de BBB para BBB- (Brendan McDermid/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2015 às 16h11.

Brasília - O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), atribuiu nesta quinta-feira, 15, o rebaixamento da nota do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch à paralisia nas votações das propostas do ajuste fiscal no Congresso .

Segundo ele, o cenário de instabilidade política contamina a economia e traz inseguranças. Para ele, é preciso ter uma agenda de votações para o País, independente das disputas políticas.

A agência rebaixou o rating de longo prazo do Brasil em moeda estrangeira e local de BBB para BBB-.

"Qual que é a agenda de votação dessas matérias? DRU (Desvinculação das Receitas da União) está parada, CPMF está parada. E as demais medidas? Quando que isso vai caminhar? Então você tem um misto de instabilidade política que contamina a economia e as medidas que você precisa aplicar ninguém tem convicção de quando elas serão votadas", avaliou.

Delcídio defendeu que é preciso "suplantar" essa insegurança e que o governo não pode ficar sendo pautado, até o final do ano, por julgamentos do Tribunal de Contas da União, do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal.

Para o líder governo, o fato de a agência não ter retirado o grau de investimento é um voto de confiança no País. "Sem dúvida nenhuma.

O próprio posicionamento da Fitch é um posicionamento, ela relata a questão da instabilidade, mas sabe que há um elenco de medidas importantes", afirmou, ao destacar que as liminares do Supremo, que paralisaram a discussão sobre o rito do impeachment, contribuem para que se avance e votem matérias importantes até o final do ano. "Não podemos ficar nesse marasmo", frisou.

DEM

Após a agência de classificação de risco Fitch ter rebaixado a nota do País, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), afirmou que o Brasil não aguentará uma eventual saída de capital estrangeiro caso perca o grau de investimento.

"Infelizmente, estamos a um passo da perda do grau de investimento. Se isto acontecer, o País não aguentará a fuga de capitais", disse o senador, em nota.

Para Agripino, a decisão das agências (a Standard & Poor's já havia retirado o selo de bom pagador do País) é reflexo decorrente das irresponsabilidades praticadas pela presidente Dilma Rousseff para vencer a eleição.

"O caos virá acrescido do conflito entre as correntes que dentro do governo se digladiam em torno do modelo que a economia deve seguir. Vai ser aquela: 'Em casa que falta pão, ninguém tem razão'", disse.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que o Brasil vive um cenário de descrédito e desânimo interna e externamente. "O governo, por ter perdido a autoridade política e econômica, não consegue atrair a confiança de investidores", avaliou.

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Brasília - O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), atribuiu nesta quinta-feira, 15, o rebaixamento da nota do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch à paralisia nas votações das propostas do ajuste fiscal no Congresso .

Segundo ele, o cenário de instabilidade política contamina a economia e traz inseguranças. Para ele, é preciso ter uma agenda de votações para o País, independente das disputas políticas.

A agência rebaixou o rating de longo prazo do Brasil em moeda estrangeira e local de BBB para BBB-.

"Qual que é a agenda de votação dessas matérias? DRU (Desvinculação das Receitas da União) está parada, CPMF está parada. E as demais medidas? Quando que isso vai caminhar? Então você tem um misto de instabilidade política que contamina a economia e as medidas que você precisa aplicar ninguém tem convicção de quando elas serão votadas", avaliou.

Delcídio defendeu que é preciso "suplantar" essa insegurança e que o governo não pode ficar sendo pautado, até o final do ano, por julgamentos do Tribunal de Contas da União, do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal.

Para o líder governo, o fato de a agência não ter retirado o grau de investimento é um voto de confiança no País. "Sem dúvida nenhuma.

O próprio posicionamento da Fitch é um posicionamento, ela relata a questão da instabilidade, mas sabe que há um elenco de medidas importantes", afirmou, ao destacar que as liminares do Supremo, que paralisaram a discussão sobre o rito do impeachment, contribuem para que se avance e votem matérias importantes até o final do ano. "Não podemos ficar nesse marasmo", frisou.

DEM

Após a agência de classificação de risco Fitch ter rebaixado a nota do País, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), afirmou que o Brasil não aguentará uma eventual saída de capital estrangeiro caso perca o grau de investimento.

"Infelizmente, estamos a um passo da perda do grau de investimento. Se isto acontecer, o País não aguentará a fuga de capitais", disse o senador, em nota.

Para Agripino, a decisão das agências (a Standard & Poor's já havia retirado o selo de bom pagador do País) é reflexo decorrente das irresponsabilidades praticadas pela presidente Dilma Rousseff para vencer a eleição.

"O caos virá acrescido do conflito entre as correntes que dentro do governo se digladiam em torno do modelo que a economia deve seguir. Vai ser aquela: 'Em casa que falta pão, ninguém tem razão'", disse.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que o Brasil vive um cenário de descrédito e desânimo interna e externamente. "O governo, por ter perdido a autoridade política e econômica, não consegue atrair a confiança de investidores", avaliou.

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