Exame Logo

Demissão é "absurda", diz fiscal que denunciou Donato

Ao Ministério Público Estadual, a ex-chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Finanças disse que bando financiou a campanha de Donato para vereador em 2008

Fernando Haddad: o prefeito disse que "as pessoas muito próximas do grupo [quadrilha] estão perdendo cargo de chefia" (Marcelo Camargo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 14h22.

São Paulo - Após acusar o secretário municipal de Governo, Antonio Donato, de receber dinheiro da quadrilha responsável por fraudar a arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS), Paula Sayuri Nagamati classificou de "absurda" sua demissão de um cargo de confiança na Prefeitura.

Ao Ministério Público Estadual (MPE), ela disse que o bando financiou a campanha de Donato para vereador em 2008. Hoje, ele é o homem forte da gestão Fernando Haddad (PT).

Abordada ontem pela reportagem, a ex-chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Finanças na gestão Gilberto Kassab (PSD) não quis se estender: "O que eu tinha para dizer foi dito ao Ministério Público".

Anteontem, a coluna Direto da Fonte revelou o teor do depoimento de Paula ao MPE no dia 31 de outubro. Aos promotores, disse ter ouvido do ex-subsecretário da Receita Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como líder da quadrilha que teria desfalcado a Prefeitura em até R$ 500 milhões, que o grupo "apoiou a campanha" de Donato com "dinheiro fruto da fiscalização". O secretário nega.

A exoneração de Paula do cargo de supervisora técnica da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social foi publicada no Diário Oficial da Cidade de ontem, em portaria assinada por Donato.

Desconfortável

Ontem, Haddad justificou a exoneração de Paula. "Se o secretário está desconfortável com a situação, em função da proximidade dela, dos conhecimentos que ela tem sobre o assunto, mesmo que não tenha envolvimento direto, o fato de não ter informado antes isso (a fraude no ISS) faz com que a pessoa se retraia, é natural", disse Haddad.

Segundo ele, Paula "poderia ter evitado muitos transtornos à Prefeitura se tivesse contado o que sabia antes". Haddad disse que "as pessoas muito próximas do grupo estão perdendo cargo de chefia". Ele afirmou ainda que outros servidores devem ser exonerados. (Colaborou Fabio Leite). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

São Paulo - Após acusar o secretário municipal de Governo, Antonio Donato, de receber dinheiro da quadrilha responsável por fraudar a arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS), Paula Sayuri Nagamati classificou de "absurda" sua demissão de um cargo de confiança na Prefeitura.

Ao Ministério Público Estadual (MPE), ela disse que o bando financiou a campanha de Donato para vereador em 2008. Hoje, ele é o homem forte da gestão Fernando Haddad (PT).

Abordada ontem pela reportagem, a ex-chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Finanças na gestão Gilberto Kassab (PSD) não quis se estender: "O que eu tinha para dizer foi dito ao Ministério Público".

Anteontem, a coluna Direto da Fonte revelou o teor do depoimento de Paula ao MPE no dia 31 de outubro. Aos promotores, disse ter ouvido do ex-subsecretário da Receita Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como líder da quadrilha que teria desfalcado a Prefeitura em até R$ 500 milhões, que o grupo "apoiou a campanha" de Donato com "dinheiro fruto da fiscalização". O secretário nega.

A exoneração de Paula do cargo de supervisora técnica da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social foi publicada no Diário Oficial da Cidade de ontem, em portaria assinada por Donato.

Desconfortável

Ontem, Haddad justificou a exoneração de Paula. "Se o secretário está desconfortável com a situação, em função da proximidade dela, dos conhecimentos que ela tem sobre o assunto, mesmo que não tenha envolvimento direto, o fato de não ter informado antes isso (a fraude no ISS) faz com que a pessoa se retraia, é natural", disse Haddad.

Segundo ele, Paula "poderia ter evitado muitos transtornos à Prefeitura se tivesse contado o que sabia antes". Haddad disse que "as pessoas muito próximas do grupo estão perdendo cargo de chefia". Ele afirmou ainda que outros servidores devem ser exonerados. (Colaborou Fabio Leite). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadFraudesImpostosLeãoPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame