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DEM quer explicação de Berzoini sobre funcionário

Líder do DEM quer que o ministro das Relações Institucionais explique o envolvimento de um funcionário nas denúncias de fraude na CPI da Petrobras


	Cerveró durante depoimento na CPI da Petrobras, no Congresso
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Cerveró durante depoimento na CPI da Petrobras, no Congresso (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 21h19.

Brasília - O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), protocolou na tarde desta segunda-feira três requerimentos de convocação para que o ministro das Relações Institucionais (SRI), Ricardo Berzoini (PT), compareça ao Congresso para explicar o envolvimento de um funcionário da SRI nas denúncias de fraude na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.

A edição desta semana da revista Veja apresentou uma gravação na qual o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o chefe do departamento jurídico do mesmo escritório, Leonan Calderaro Filho, e o advogado da estatal Bruno Ferreira debatem o envio prévio de um "gabarito" dos questionamentos aos diretores da companhia que prestaram depoimentos à CPI, entre eles a presidente Maria das Graças Foster, o ex-diretor da área internacional Néstor Cerveró e o ex-presidente Sergio Gabrielli.

A filmagem abriu uma crise no Congresso e a oposição acusa parlamentares e o Palácio do Planalto de fraudarem a investigação. Os citados pela reportagem negam a combinação de depoimentos.

Na gravação, os presentes à reunião mencionam o nome de Paulo Argenta, assessor especial do ministério comandado por Berzoini.

"Tem funcionário graduado dele (Berzoini) envolvido na denúncia, com indícios muito fortes de estar envolvido numa operação abafa e interferindo na independência do Legislativo e nas prerrogativas e na instituição", alega o deputado da oposição.

Em nota divulgada neste final de semana, a SRI afirma que, questionado sobre o caso, Argenta disse que não elaborou as perguntas.

Os requerimentos foram apresentados nas comissões de Fiscalização Financeira e Controle, de Minas e Energia e no próprio Plenário da Casa.

Neles, Mendonça Filho classifica as denúncias como graves e argumenta que a reportagem da revista aponta que o objetivo da reunião filmada era antecipar perguntas que seriam feitas aos convocados pela CPI, "com o intuito de convergir as respostas dos depoentes de forma a afastar qualquer hipótese de contradição ou resposta antagônica aos dos interesses dos investigados".

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