Delegado Da Cunha tem arma e distintivos devolvidos pela Polícia Civil de SP
Ele é alvo de processos administrativos por xingar colegas e suspeita de forjar prisões
Agência de notícias
Publicado em 28 de julho de 2023 às 10h26.
Última atualização em 28 de julho de 2023 às 18h10.
A Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) devolveu a arma e os distintivos do delegado Carlos Alberto da Cunha, conhecido Delegado Da Cunha. Atualmente no cargo de deputado federal pelo PP-SP, o parlamentar usou as redes sociais para comemorar a decisão, nesta quinta-feira.
Ele é alvo de processos administrativos por xingar colegas e suspeita de forjar prisões, filmá-las e divulgá-las em seu canal no YouTube.
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" Fui vítima de uma perseguição extremamente covarde do anterior governador e do anterior delegado geral. E a justiça tarda mas não falha — disse Da Cunha, sem citar nomes.
Da Cunha compartilhou um vídeo no qual aparece recebendo os documentos e sua pistola de volta.
"Hoje à tarde eu estive na Delegacia Geral de Polícia. Por uma decisão administrativa do delegado-geral de Polícia foi restituída minha carteira funcional antiga — afirmou. — Hoje ganhei também minha carteira funcional nova de delegado de polícia. E foi devolvida minha pistola 9mm de carga da Polícia Civil, com um documento — acrescentou.
Afastamento do cargo
Da Cunha chegou a ser afastado de suas funções em julho de 2021, quando a Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo instaurou um processo administrativo por suspeita de peculato.
A prática consiste na apropriação, por parte de um funcionário público, de um bem a que ele tenha acesso por causa do cargo que ocupa, em benefício próprio ou de outras pessoas.
Da Cunha foi indiciado por utilizar a estrutura da Polícia Civil para gravar vídeos de operações oficiais que foram exibidos em suas redes sociais particulares, como no YouTube.
A investigação apontou que o delegado pagava até R$ 14 mil por mês para equipe de filmagem. Atualmente, ele tem dois milhões de seguidores no Instagram.
A Corregedoria da Polícia Civil também investigou Da Cunha por uma suposta lavagem de dinheiro. Este processo administrativo tratava de uma possível tentativa de o agente ocultar quase R$ 500 mil pagos a ele por um empresário do ramo de sucatas. O delegado ainda foi alvo de um inquérito do Ministério Público, que apurava possível enriquecimento ilícito.
No vídeo compartilhado nesta quinta-feira, Da Cunha agradeceu ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, e ao delegado-geral de São Paulo, Artur Dian
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