Calendário das principais eleições do mundo até 2024
Argentina é a próxima grande eleição que afeta o Brasil. Na agenda ainda tem votações em Taiwan e nos Estados Unidos
Modo escuro
Argentina: eleição marcará uma mudança na política do país. (John W. Banagan/Getty Images)

Publicado em 28 de julho de 2023 às, 06h00.
Última atualização em 29 de julho de 2023 às, 06h23.
Se no Brasil os próximos meses serão marcados pela tramitação da reforma tributária e a votação do novo arcabouço fiscal, no restante do mundo há eleições que podem mexer no tabuleiro geopolítico, com impactos para o Brasil (veja o quadro). Os argentinos escolhem o próximo presidente em outubro e o cenário aponta o declínio do kirchnerismo, como explica Maurício Moura, sócio do Fundo Zaftra da Gauss Capital, que analisa o impacto de eleições globais e as suas consequências econômicas.
Pela primeira vez, o país tem um candidato de extrema direita, Javier Milei, com reais chances eleitorais. No macro, o pleito é marcado por uma oposição ao atual governo do presidente Alberto Fernández, que poderia se candidatar, mas não conseguiu reunir forças políticas para a reeleição. “O governo é muito mal avaliado por causa da economia. São poucos os incumbentes que não se apresentam para um novo mandato”, diz Moura. Um dos principais candidatos da disputa é o atual ministro da Fazenda, Sergio Massa, que ostenta a peculiar situação de oposição ao presidente e à vice Cristina Kirchner, mesmo fazendo parte do governo da Argentina, um dos principais parceiros comerciais do Brasil.
Leia mais: Câmbio informal dispara na Argentina em meio a negociação com FMI
Taiwan: a principal eleição para o xadrez global
No calendário, outra eleição com impactos globais é a da Polônia, entre outubro e novembro. O país tem sido uma peça-chave no apoio europeu e do Ocidente em relação à guerra na Ucrânia, questão que naturalmente domina o debate interno. Apesar da atenção internacional, o pleito polonês não é o mais importante dos próximos meses, avalia Moura. Para ele, o cerne da geopolítica global estará na escolha do próximo presidente de Taiwan, em 13 de janeiro. O pleito definirá a “probabilidade de uma invasão chinesa no curto prazo”.
A ilha está no centro de uma disputa entre China e Estados Unidos há anos. Nos últimos meses, a questão ficou mais expressiva com inúmeros exercícios militares, intensificados após a visita da então presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, em agosto do ano passado. Pela primeira vez, a disputa tem duas narrativas. Uma delas, mais alinhada aos Estados Unidos, com a atual presidente, Tsai Ing-wen -— que não pode ir à reeleição, mas indicou o vice Lai Ching-te. Do outro lado está Ma Ying-jeou — pró-Pequim —, que já foi presidente entre 2008 e 2016.
A eleição de Taiwan terá implicações para a disputa mais expressiva de 2024, a dos Estados Unidos, onde há chances reais de um novo confronto entre o ex-presidente Donald Trump e o atual, Joe Biden.
Já os sul-africanos podem ver, pela primeira vez, a derrota do partido do ex-presidente Nelson Mandela, que governa o país desde 1994. O jeito é se programar desde já para os efeitos da geopolítica eleitoral no Brasil.
Agenda eleitoral do mundo

-
Créditos

Gilson Garrett Jr.
Repórter de CasualFormado pela PUCPR, com especializações em Relações Internacionais, Modelo de Negócios e Mercado de Capitais. Por 9 anos escreveu sobre enogastronomia, cultura e turismo na Gazeta do Povo. Desde 2020 na EXAME, cobre lifestyle.Mais lidas em Revista Exame
Últimas Notícias
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
Huawei no Brasil: evolução na velocidade 5G
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.
leia mais