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Remy Sharp
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Se no Brasil os próximos meses serão marcados pela tramitação da reforma tributária e a votação do novo arcabouço fiscal, no restante do mundo há eleições que podem mexer no tabuleiro geopolítico, com impactos para o Brasil (veja o quadro). Os argentinos escolhem o próximo presidente em outubro e o cenário aponta o declínio do kirchnerismo, como explica Maurício Moura, sócio do Fundo Zaftra da Gauss Capital, que analisa o impacto de eleições globais e as suas consequências econômicas.

Pela primeira vez, o país tem um candidato de extrema direita, Javier Milei, com reais chances eleitorais. No macro, o pleito é marcado por uma oposição ao atual governo do presidente Alberto Fernández, que poderia se candidatar, mas não conseguiu reunir forças políticas para a reeleição. “O governo é muito mal avaliado por causa da economia. São poucos os incumbentes que não se apresentam para um novo mandato”, diz Moura. Um dos principais candidatos da disputa é o atual ministro da Fazenda, Sergio Massa, que ostenta a peculiar situação de oposição ao presidente e à vice Cristina Kirchner, mesmo fazendo parte do governo da Argentina, um dos principais parceiros comerciais do Brasil.

Leia mais: Câmbio informal dispara na Argentina em meio a negociação com FMI

Taiwan: a principal eleição para o xadrez global

No calendário, outra eleição com impactos globais é a da Polônia, entre outubro e novembro. O país tem sido uma peça-chave no apoio europeu e do Ocidente em relação à guerra na Ucrânia, questão que naturalmente domina o debate interno. Apesar da atenção internacional, o pleito polonês não é o mais importante dos próximos meses, avalia Moura. Para ele, o cerne da geopolítica global estará na escolha do próximo presidente de Taiwan, em 13 de janeiro. O pleito definirá a “probabilidade de uma invasão chinesa no curto prazo”.

A ilha está no centro de uma disputa entre China e Estados Unidos há anos. Nos últimos meses, a questão ficou mais expressiva com inúmeros exercícios militares, intensificados após a visita da então presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, em agosto do ano passado. Pela primeira vez, a disputa tem duas narrativas. Uma delas, mais alinhada aos Estados Unidos, com a atual presidente, Tsai Ing-wen -— que não pode ir à reeleição, mas indicou o vice Lai Ching-te. Do outro lado está Ma Ying-jeou — pró-Pequim —, que já foi presidente entre 2008 e 2016.

A eleição de Taiwan terá implicações para a disputa mais expressiva de 2024, a dos Estados Unidos, onde há chances reais de um novo confronto entre o ex-presidente Donald Trump e o atual, Joe Biden.

Já os sul-africanos podem ver, pela primeira vez, a derrota do partido do ex-presidente Nelson Mandela, que governa o país desde 1994. O jeito é se programar desde já para os efeitos da geopolítica eleitoral no Brasil.

Agenda eleitoral do mundo



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