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Delcídio diz que Dilma fez consulta sobre Cerveró

O senador deu seu depoimento na sede da Polícia Federal, onde está preso.

Presidente Dilma Rouseff na Suécia (REUTERS/Maja Suslin)

Presidente Dilma Rouseff na Suécia (REUTERS/Maja Suslin)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2015 às 09h58.

Brasília - O senador Delcídio Amaral (PT-MS) disse à Polícia Federal que em 2003 foi consultado pela então ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff "acerca da possível nomeação" de Nestor Cerveró para a Diretoria Internacional da Petrobras. Na ocasião, Delcídio cumpria seu primeiro mandato no Senado.

Seu depoimento de anteontem foi dado na sede da Polícia Federal, onde está preso, em Brasília. "A então ministra Dilma já conhecia Nestor Cerveró desde a época em que ela atuou como secretária de Energia no governo Olívio Dutra (1999-2002), no Rio Grande do Sul", afirmou o senador. "Como a área de exploração de gás era bastante desenvolvida naquele Estado, havia contatos permanentes entre a Diretoria de Gás e Energia da Petrobras e a Secretaria comandada pela Dilma Rousseff", disse.

O senador afirmou que "se manifestou favoravelmente" à indicação de Cerveró para o cargo "em face da experiência que (eles) tiveram conjuntamente no âmbito da Diretoria de Gás e Energia" da Petrobras. Cerveró era então gerente subordinado a Delcídio. O senador disse que em 1999 foi nomeado diretor de Gás e Energia da estatal petrolífera "atendendo a convite do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso".

Ele foi preso na quarta-feira sob suspeita de tentar barrar as investigações da Operação Lava Jato. Segundo a Procuradoria-Geral da República, em conluio com o advogado Edson Ribeiro, ele pretendia comprar o silêncio de Cerveró, preso e condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. O temor do senador, segundo a Lava Jato, é de que o ex-diretor o implique em temas suspeitos, como o da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que gerou prejuízo de US$ 792 milhões, segundo o Tribunal de Contas da União.

Outros dois delatores, Paulo Roberto Costa e Fernando Soares, o Fernando Baiano, já o citaram. Baiano disse que o petista recebeu US$ 1,5 milhão em propinas do esquema de corrupção instalado na Petrobras.

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