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Propina da Eletronuclear iria em pacotes de R$ 30 mil

Executivo ligado à Andrade Gutierrez relatou que entregava propina em pacotes de R$ 30 mil em dinheiro para dirigentes da Eletronuclear

Obras de Angra 3: segundo delator, propina referente às obras foi entregue em dinheiro a ex-diretores da Eletronuclear (Divulgação/Eletronuclear)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2016 às 13h28.

São Paulo - Um dos delatores da Operação Pripyat, o executivo Fernando Carvalho, ligado à Andrade Gutierrez , afirmou que pagou propina a três ex-diretores da Eletronuclear pessoalmente, em pacotes de dinheiro.

O empreiteiro citou como beneficiários o ex-diretor de Administração e Finanças Edno Negrini, o ex-diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente Persio Jordani e o ex-superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos Luiz Messias.

Os três ex-dirigentes da subsidiária da Eletrobras estão presos preventivamente desde 6 de julho quando a operação foi deflagrada. O Ministério Público Federal afirma que o alto escalão da Eletronuclear pegou R$ 26,4 milhões em propinas das obras da Usina de Angra 3.

O ex-presidente da estatal Othon Pinheiro e cinco ex-dirigentes dos cargos mais importantes da subsidiária da Eletrobras teriam recebido valores ilícitos de obra de R$ 1,2 bilhão, segundo força-tarefa dos procuradores.

Na decisão que deflagrou a Operação Prypiat, em 6 de julho, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, do Rio, anotou.

"Fernando Carvalho disse que pagou pessoalmente a propina de Edno Negrini, Pérsio Jordani, Luiz Messias em pacotes de dinheiro com valor estimado em R$ 30 mil em aproximadamente cinco encontros com cada um, realizados no período de maio de 2010 a maio de 2011. Fernando Carvalho foi responsável pelos pagamentos em dinheiro após maio de 2011 até maio de 2013."

Parte da propina paga pela Andrade Gutierrez, segundo a Procuradoria da República, foi dividida entre cinco ex-dirigentes do alto escalão da estatal.

A investigação mostra que ele dividiram 1,2% do valor total da obra: ex-diretor técnico Luiz Soares (0,3%), Edno Negrini (0,3%), Persio Jordani (0,2%), Luiz Messias (0,2%) e ex-superintendente de Construção José Eduardo Costa Mattos (0,2%).

"Em relação ao pagamento de propina aos demais funcionários da Eletronuclear, o acerto foi feito em dinheiro; que, logo após a retomada do contrato, o depoente se reuniu com cada um separadamente, Luiz Messias, Edno Negrini e Persio Jordani, reconhecendo o compromisso de pagamento de propina acertada; … que para Edno e Pérsio o dinheiro era entregue em um café em um encontro mais rápido, podendo ser no Botafogo Praia Shopping ou uma cafeteria comum de shopping", afirmou Fernando Carvalho na delação.

Cálculos do Ministério Público Federal apontam que Luiz Soares e Edno Negrini receberam até R$ 3,6 milhões e Luiz Messias, José Eduardo Costa Mattos e Persio Jordani receberam até R$ 2,4 milhões em propinas da construtora.

O cálculo pode até estar subestimado, considerando que foram identificados pagamentos da Andrade Gutierrez para a Flexsystem no valor de R$ 5 milhões.

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São Paulo - Um dos delatores da Operação Pripyat, o executivo Fernando Carvalho, ligado à Andrade Gutierrez , afirmou que pagou propina a três ex-diretores da Eletronuclear pessoalmente, em pacotes de dinheiro.

O empreiteiro citou como beneficiários o ex-diretor de Administração e Finanças Edno Negrini, o ex-diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente Persio Jordani e o ex-superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos Luiz Messias.

Os três ex-dirigentes da subsidiária da Eletrobras estão presos preventivamente desde 6 de julho quando a operação foi deflagrada. O Ministério Público Federal afirma que o alto escalão da Eletronuclear pegou R$ 26,4 milhões em propinas das obras da Usina de Angra 3.

O ex-presidente da estatal Othon Pinheiro e cinco ex-dirigentes dos cargos mais importantes da subsidiária da Eletrobras teriam recebido valores ilícitos de obra de R$ 1,2 bilhão, segundo força-tarefa dos procuradores.

Na decisão que deflagrou a Operação Prypiat, em 6 de julho, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, do Rio, anotou.

"Fernando Carvalho disse que pagou pessoalmente a propina de Edno Negrini, Pérsio Jordani, Luiz Messias em pacotes de dinheiro com valor estimado em R$ 30 mil em aproximadamente cinco encontros com cada um, realizados no período de maio de 2010 a maio de 2011. Fernando Carvalho foi responsável pelos pagamentos em dinheiro após maio de 2011 até maio de 2013."

Parte da propina paga pela Andrade Gutierrez, segundo a Procuradoria da República, foi dividida entre cinco ex-dirigentes do alto escalão da estatal.

A investigação mostra que ele dividiram 1,2% do valor total da obra: ex-diretor técnico Luiz Soares (0,3%), Edno Negrini (0,3%), Persio Jordani (0,2%), Luiz Messias (0,2%) e ex-superintendente de Construção José Eduardo Costa Mattos (0,2%).

"Em relação ao pagamento de propina aos demais funcionários da Eletronuclear, o acerto foi feito em dinheiro; que, logo após a retomada do contrato, o depoente se reuniu com cada um separadamente, Luiz Messias, Edno Negrini e Persio Jordani, reconhecendo o compromisso de pagamento de propina acertada; … que para Edno e Pérsio o dinheiro era entregue em um café em um encontro mais rápido, podendo ser no Botafogo Praia Shopping ou uma cafeteria comum de shopping", afirmou Fernando Carvalho na delação.

Cálculos do Ministério Público Federal apontam que Luiz Soares e Edno Negrini receberam até R$ 3,6 milhões e Luiz Messias, José Eduardo Costa Mattos e Persio Jordani receberam até R$ 2,4 milhões em propinas da construtora.

O cálculo pode até estar subestimado, considerando que foram identificados pagamentos da Andrade Gutierrez para a Flexsystem no valor de R$ 5 milhões.

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