Definição sobre comissões fica para a próxima semana
Não houve acordo entre os líderes partidários que se reuniram na presidência da Câmara para tratar do tema
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 22h26.
Brasília - A definição sobre a presidência das 21 comissões da Câmara dos Deputados ficou para a próxima semana. Não houve acordo entre os líderes partidários que se reuniram hoje (11) na presidência da Câmara para tratar do tema.
A Mesa Diretora da Câmara define, todos os anos, o número de membros das comissões permanentes a partir do princípio da proporcionalidade. As presidências das comissões são divididas de acordo com os tamanhos das bancadas, que têm a preferência para escolher as comissões.
O impasse gira em torno da cobrança do PSC pela presidência de uma comissão. Com a criação do Solidariedade (22 parlamentares) e do PROS (19 parlamentares), no ano passado, o PSC, que tem 13 deputados e comandou a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) deixou de ter direito a uma comissão no cálculo da proporcionalidade.
Na semana passada foi levantada a possibilidade de se dividir em duas a atual Comissão de Turismo e Desporto. Se o número de colegiados passar de 21 para 22, o PT, que hoje preside três comissões passa a ter direito a quatro. O partido abriria mão da presidência adicional para acomodar o PSC. Sendo o 22º partido da relação, o PSC poderia, ao menos, garantir a presidência da comissão adicional, depois que todas as outras legendas decidirem os colegiados que irão comandar ao longo do ano, seguindo uma ordem definida pelas lideranças. Mas o líder petista, deputado Vicentinho (PT-SP), disse que não há acordo e que o PT não deve entregar a comissão.
"Existe um pedido para que se aumente uma comissão para se dar direito a um outro partido. Ocorre que se se criar outra comissão, regimentalmente ela passa a ser de direitos do Partido dos Trabalhadores e a nossa posição é de nós termos esse direito assegurado, mas isso não aconteceu" disse Vicentinho.
Segundo o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o que está definido é que o partido deve ficar com a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ). "É da tradição que a maior bancada fique em primeiro lugar com a Comissão de Constituição e Justiça, quanto às outras duas depende da bancada do PT", disse Chinaglia.
Setores do partido defendem que a CDHM seja priorizada, mas outros querem a priorização das comissões de Seguridade Social e Família; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Além da negociação sobre a possibilidade de se criar outra comissão, o dilema do PT passa por não deixar que a presidência da CDHM fique com o PP do deputado Jair Bolsonaro (RJ). Nesta terça-feira, Bolsonaro disse que o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), o indicaria para a presidência caso o partido fique com a comissão.
Devido a esta possibilidade, cinco jovens protestaram contra a possibilidade de indicação do deputado Jair Bolsonaro para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Com cartazes e palavras de ordem onde se lia "+ amor e - Bolsonaro", as integrantes da União da Juventude Socialista (UJS) trocaram beijos no corredor da presidência da Câmara.
Brasília - A definição sobre a presidência das 21 comissões da Câmara dos Deputados ficou para a próxima semana. Não houve acordo entre os líderes partidários que se reuniram hoje (11) na presidência da Câmara para tratar do tema.
A Mesa Diretora da Câmara define, todos os anos, o número de membros das comissões permanentes a partir do princípio da proporcionalidade. As presidências das comissões são divididas de acordo com os tamanhos das bancadas, que têm a preferência para escolher as comissões.
O impasse gira em torno da cobrança do PSC pela presidência de uma comissão. Com a criação do Solidariedade (22 parlamentares) e do PROS (19 parlamentares), no ano passado, o PSC, que tem 13 deputados e comandou a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) deixou de ter direito a uma comissão no cálculo da proporcionalidade.
Na semana passada foi levantada a possibilidade de se dividir em duas a atual Comissão de Turismo e Desporto. Se o número de colegiados passar de 21 para 22, o PT, que hoje preside três comissões passa a ter direito a quatro. O partido abriria mão da presidência adicional para acomodar o PSC. Sendo o 22º partido da relação, o PSC poderia, ao menos, garantir a presidência da comissão adicional, depois que todas as outras legendas decidirem os colegiados que irão comandar ao longo do ano, seguindo uma ordem definida pelas lideranças. Mas o líder petista, deputado Vicentinho (PT-SP), disse que não há acordo e que o PT não deve entregar a comissão.
"Existe um pedido para que se aumente uma comissão para se dar direito a um outro partido. Ocorre que se se criar outra comissão, regimentalmente ela passa a ser de direitos do Partido dos Trabalhadores e a nossa posição é de nós termos esse direito assegurado, mas isso não aconteceu" disse Vicentinho.
Segundo o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o que está definido é que o partido deve ficar com a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ). "É da tradição que a maior bancada fique em primeiro lugar com a Comissão de Constituição e Justiça, quanto às outras duas depende da bancada do PT", disse Chinaglia.
Setores do partido defendem que a CDHM seja priorizada, mas outros querem a priorização das comissões de Seguridade Social e Família; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Além da negociação sobre a possibilidade de se criar outra comissão, o dilema do PT passa por não deixar que a presidência da CDHM fique com o PP do deputado Jair Bolsonaro (RJ). Nesta terça-feira, Bolsonaro disse que o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), o indicaria para a presidência caso o partido fique com a comissão.
Devido a esta possibilidade, cinco jovens protestaram contra a possibilidade de indicação do deputado Jair Bolsonaro para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Com cartazes e palavras de ordem onde se lia "+ amor e - Bolsonaro", as integrantes da União da Juventude Socialista (UJS) trocaram beijos no corredor da presidência da Câmara.