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Defesa de Temer inicia "peregrinação" no TSE

Diante da aproximação do início do julgamento, os advogados precisarão se dedicar ainda mais para mostrar as razões para que Temer não seja cassado

Michel Temer: ação foi proposta pelo PSDB em 2014 sob acusação de abuso de poder econômico e político (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: ação foi proposta pelo PSDB em 2014 sob acusação de abuso de poder econômico e político (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de maio de 2017 às 07h40.

Brasília - Próximo do início do julgamento da ação que pode cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os advogados do presidente começam nesta terça-feira, 30, um corpo a corpo entre os ministros da corte eleitoral para apresentar um memorial com o resumo dos argumentos da defesa.

Os advogados entendem que o ambiente político não é o mesmo do início do julgamento. A visão é de que será preciso se dedicar ainda mais para mostrar as razões para que Temer não seja cassado na ação proposta pelo PSDB, em 2014, sob acusação de abuso de poder econômico e político.

Em outra frente, a defesa de Temer participou nesta segunda de audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato, para rebater os argumentos da Procuradoria-Geral da República contra o presidente.

Na sexta-feira, 26, o procurador-geral, Rodrigo Janot, pediu a Fachin a autorização para tomar depoimentos dos investigados no inquérito aberto contra Temer, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

O advogado Gustavo Guedes defendeu os pedidos de redistribuição da relatoria, por meio de sorteio, e de desmembramento do inquérito contra o presidente e reforçou o pedido para que o STF aguarde a conclusão da perícia nos áudios gravados por Joesley Batista, delator do Grupo J&F, antes de qualquer outra etapa da investigação.

O pedido de separação dos inquéritos contra Temer e Aécio - estratégia que já vinha sendo estudada - foi antecipado após Janot afirmar que o inquérito tem um prazo mais curto por envolver investigados presos. Os três presos, Andrea Neves, Frederico Pacheco e Mendherson Souza, são relacionados a Aécio. Se Fachin desmembrar o inquérito, o prazo mais curto não se aplicará contra Temer.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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