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Debate climático é polêmica à vista no fórum de Davos

Com a presença confirmada de Donald Trump, o debate em torno das mudanças climáticas no Fórum Econômico Mundial vai esquentar

Vista geral de Davos: os cinco maiores riscos globais são relacionados ao clima e ao meio ambiente, segundo organizadores de fórum econômico (Arnd Wiegmann/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2020 às 06h30.

Última atualização em 17 de janeiro de 2020 às 06h49.

São Paulo — A cidade de Davos , nos Alpes Suíços, será o centro econômico mundial a partir da terça-feira, dia 21, quando se inicia o Fórum Econômico Mundial. Líderes do porte de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que não foi ao evento no ano passado, são esperados na 50ª edição do evento. Alguns dos desafetos do líder também estarão por lá, como o bilionário George Soros e a garota-prodígio Greta Thunberg e sua turma de jovens ativistas.

O tema da crise climática é o destaque da programação deste ano. Trump, reconhecido por sua postura negacionista com relação às mudanças climáticas, será um elemento potencialmente catalisador de debates e declarações polêmicas.

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Logo na abertura do evento, Greta e outros cinco especialistas no assunto (quatro mulheres e um homem) debatem sobre o aumento nas emissões de carbono no ano passado, que registrou o maior volume da história, em mais um sinal de que os líderes atuais “estão traindo as futuras gerações”, como salienta o programa oficial do evento.

A participação feminina chama a atenção. A finlandesa Sanna Marin, de 34 anos, a mais jovem primeira-ministra do mundo, fará parte dos debates. Outro nome de peso será o da alemã Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Ela comanda o “Green Deal” europeu, conjunto de metas e medidas para reduzir a dependência da economia europeia de combustíveis fósseis. Christine Lagarde, presidente do Banco Central europeu, também está na programação.

Para esquentar as discussões, a organização do fórum publicou, na semana passada, a lista dos maiores riscos de 2020. Os cinco primeiros são relacionados ao clima e ao meio ambiente.

O estudo mostra uma clara divisão geracional. Os nascidos após os anos 1980 colocam os riscos ambientais, como ondas de calor e a destruição de ecossistemas, em um nível de urgência acima de todas as outras gerações. Cerca de 90% dos jovens acreditam que o cenário irá piorar em 2020.

A pesquisa ouviu 750 líderes e especialistas de todo o mundo. Para 78% deles, a polarização política e os confrontos econômicos devem aumentar e causar grandes impactos em 2020.

Outro tema importante na agenda do fórum será o papel do mercado financeiro na transição para uma economia de baixo carbono. Larry Fink, CEO da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, e Mark Carney, presidente do Banco da Inglaterra (o banco central britânico), estão entre os que defendem a “descarbonização” dos ativos financeiros. A ideia é promover uma grande migração de capital dos setores fósseis para os mercados de energia renovável.

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