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De olho em 2022, Bolsonaro e Lula buscam apoio em Minas Gerais

Zema, eleito com apoio do presidente, mescla acenos e críticas ao mandatário, enquanto Lula diz que Kalil precisa se movimentar para campanha no segundo maior colégio eleitoral

(Fotos: Charles Platiau/Reuters e Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Agência O Globo

Publicado em 18 de outubro de 2021 às 11h49.

Última atualização em 18 de outubro de 2021 às 11h50.

De olho no segundo maior colégio eleitoral do país, os principais pré-candidatos à Presidência em 2022 — o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula — acompanham de perto a movimentação do governador Romeu Zema (Novo) e do prefeito Alexandre Kalil (PSD) na disputa ao governo de Minas Gerais.

Único governador eleito pelo Novo em 2020, Zema conseguiu a vitória ao se aproximar de Bolsonaro. Para a próxima eleição, no entanto, a aliança entre os dois ainda não pode ser dada como certa. O mineiro foi aconselhado a se afastar do presidente para evitar que seja atingido pela queda de popularidade dele e alterna acenos e críticas ao mandatário. Zema fez duras críticas ao governo federal em relação ao combate à pandemia da Covid-19 e, recentemente, rebateu os ataques que Bolsonaro fez contra governadores sobre o preço dos combustíveis.

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Na última visita presidencial a Minas, porém, em um gesto simpático a Bolsonaro, Zema tirou a máscara para ficar ao lado dele no palanque.

O Novo também já anunciou seu pré-candidato à corrida presidencial, o cientista político Luiz Felipe D’Avila, fundador do Centro de Liderança Pública (CLP). Zema, porém, não descarta o apoio à reeleição de Bolsonaro em eventual segundo turno.

Lula, por sua vez, falou sobre Kalil em entrevista coletiva no início do mês, em Brasília. O petista disse que vê o prefeito da capital mineira como um bom candidato para disputar contra Zema. No entanto, afirmou que Kalil precisa começar a se mexer desde já para a campanha.

— Kalil tem chance de competir, mas o Zema está forte nas pesquisas, e Kalil precisa de arrojo para acompanhar — disse Lula, que também afirmou: — Kalil está descobrindo que Minas é maior que BH, e ele vai ter que trabalhar com afinco no estado. Me parece que ele não está viajando ainda. Eu acho que ele tem que viajar o estado, porque se ele não viajar, o Zema tá viajando muito. Ele está indo para muita padaria.

O prefeito já confirmou que tem interesse em concorrer ao Palácio da Liberdade, mas que ainda não é o momento para falar sobre isso devido à crise sanitária. Belo Horizonte foi uma das capitais que mais adotou medidas restritivas para conter o avanço do vírus — o que fez com que Kalil se tornasse oposição a Bolsonaro, a quem criticou pela falta de coordenação na pandemia.

Em relação a Lula, o ex-presidente do Atlético Mineiro também já teceu críticas. Segundo o prefeito, o PT deveria dar explicações sobre as denúncias de corrupção na Petrobras. Nos bastidores, porém, Kalil admite uma possível aliança entre os dois em eventual segundo turno na eleição presidencial.

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