Além do elevado número de votos brancos e nulos, candidatos não crescem e a maioria não cita o nome dos presidenciáveis (Reprodução/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de abril de 2018 às 10h26.
Última atualização em 15 de abril de 2018 às 12h19.
São Paulo - Os diretores do Instituto Datafolha, Mauro Paulino e Alessandro Janoni, dizem que a mais recente pesquisa desse instituto, divulgada na madrugada deste domingo, 15, revela que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reduziu em quatro pontos porcentuais as menções espontâneas ao petista - quando não é mostrado os nomes dos candidatos - em relação à pesquisa de janeiro.
Contudo, o que chamou mais atenção dos diretores na pesquisa espontânea foi o elevado índice de votos brancos e nulos: 21%. "Um patamar inédito em pesquisas eleitorais a seis meses do pleito", avaliam. Além disso, os demais candidatos não crescem e a maioria dos entrevistados não cita o nome dos presidenciáveis.
Paulino e Janoni informam que essa tendência se repete nas intenções de voto estimuladas, com a apresentação dos candidatos. "Os brancos e nulos, sem Lula na disputa, são mais citados do que os líderes Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede)."
A mais recente pesquisa Datafolha, que foi feita entre quarta, 11, e sexta-feira, 13, teve como base 4.194 entrevistas em 227 municípios. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob número BR-08510/2018.