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CUT estranha decisão de Barbosa que revogou trabalho

Ministro revogou hoje a autorização de trabalho fora do presídio do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares


	Delúbio Soares: CUT contesta argumentação de que não haveria registro sobre quem controla a frequência e a jornada de trabalho do ex-tesoureiro do PT
 (CRISTIANO MARIZ/VEJA)

Delúbio Soares: CUT contesta argumentação de que não haveria registro sobre quem controla a frequência e a jornada de trabalho do ex-tesoureiro do PT (CRISTIANO MARIZ/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 20h41.

Brasília - A Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou nota nesta segunda-feira para "manifestar estranheza" com relação ao conteúdo da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, que revogou hoje a autorização de trabalho fora do presídio do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Na nota, a CUT contesta argumentação usada por Barbosa em sua decisão de que não haveria registro sobre quem controla a frequência e a jornada de trabalho de Delúbio Soares na CUT, "muito menos de como se exerce a indispensável vigilância".

"Nomeamos três responsáveis legais pelo controle das atividades e frequência do Sr. Delúbio Soares, que estão devidamente registrados no Termo de Compromisso do Empregador", diz a nota da CUT.

A entidade ainda reforça que protocolou na Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal todas as folhas de frequência de Delúbio. "A CUT sempre esteve e estará à disposição da fiscalização das autoridades competentes."

A CUT afirma também que foi responsável pelo transporte de Delúbio, durante o período em que ele lá trabalhou, e que o ex-tesoureiro "em nenhum dia chegou atrasado ao Centro de Progressão Penitenciária, não fez nenhuma refeição fora do escritório da CUT, nunca esteve desacompanhado no escritório, foi devidamente registrado dentro do prazo regulamentar, dentre outras determinações".

"Não entendemos porque somente após 112 dias de trabalho o magistrado venha insinuar que a proposta de emprego formulada pela CUT seja um meio de 'frustrar o seu cumprimento' da pena", diz ainda a nota.

A entidade ainda rejeita qualquer insinuação de estar vinculada a qualquer partido político. A nota é assinada pelo presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

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