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CUT espera que novo governo continue valorização do mínimo

Central sindical quer continuação da política que é adotada desde 2007

Protesto da CUT em SP: centrais sindicais também pedem correção da tabela de IR (Reprodução/TV CUT)

Protesto da CUT em SP: centrais sindicais também pedem correção da tabela de IR (Reprodução/TV CUT)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 13h39.

Brasília - O secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Quintino Severo, disse hoje (26) esperar que seja implementada uma política de valorização do salário mínimo na atual gestão, assim como foi feito durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Queremos que o governo justifique por que não pode ser um valor superior aos R$ 545 ou R$ 550. Entendemos que é necessário continuar o processo de valorização do salário minimo que vem acontecendo desde 2007, com o acordo firmado com o governo [anterior]”.

As seis centrais sindicais brasileiras se reúnem às 16h30 com o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para negociar um novo reajuste para o salário minimo, a correção da tabela do Imposto de Renda e um aumento para os aposentados que recebem benefícios acima da mínimo.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse que está confiante numa boa negociação. “A experiência do governo nos últimos anos demonstrou uma sensibilidade política e capacidade de negociação. Acredito que esse início de negociação poderá ser positivo tanto para os trabalhadores quanto para as contas do [novo] governo”.

As centrais querem uma correção da tabela do Imposto de Renda em 6,47%, valor da inflação de 2010. Segundo Severo, a intenção das centrais é fechar um acordo para o IR que valha para os próximos anos.

“[Queremos] retomar o acordo que tínhamos com o governo anterior, que era de uma correção de 4,5% ao ano e o último ano de correção foi 2010. Queremos um acordo que garanta uma correção para os próximos anos. Grande parte das categorias tiveram ganho real e, se não houver a correção da tabela, esse ganho acaba desaparecendo”, explicou.

Juruna enfatizou o fato de que o aumento do salário mínimo e os reajustes para os aposentados nos últimos anos foram importantes para movimentar a economia. “Foi muito importante para o Brasil todo, porque acabou beneficiando as regiões onde estão concentrados os aposentados e aqueles que ganham o mínimo. Com isso, o mercado interno fica aquecido”, analisou.

As centrais pedem o reajuste do salário mínimo para R$ 580, uma correção de 6,47% da tabela do Imposto de Renda e um repasse de 80% do valor que for definido para o mínimo aos aposentados que ganham mais de um salário.

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