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ÀS SETE - Nesta quinta-feira foi definido que Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) será o relator da segunda denúncia contra o presidente Temer
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2017 às 06h30.
Última atualização em 29 de setembro de 2017 às 11h39.
Relator da denúncia de Temer
Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) será o relator da segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer pelos crimes de organização criminosa e obstrução à justiça. Andrada é um político pró-Temer — na primeira denúncia ele votou a favor do presidente.
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A escolha de seu nome como relator foi feita pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG).
O relatório de Bonifácio de Andrada, favorável ou contrário à denúncia, será submetido a votação no colegiado e, caso não seja aprovado, um outro parecer, alinhado à maioria dos membros da comissão, será produzido e votado na CCJ.
Após a aprovação, o relatório será levado a votação no plenário da Câmara. O relatório também deverá constar parecer sobre os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência. Eles foram denunciados ao lado do presidente por integrarem o chamado “quadrilhão do PMDB”, segundo a PGR, e Pacheco decidiu por não fatiar a denúncia.
Reprovação de Temer
Em nova pesquisa Ibope, divulgada nesta quinta-feira, o governo do presidente Michel Temer chegou a 77% de reprovação. Trata-se da pior avaliação em toda a série histórica da pesquisa, que iniciou em 1986. Na última medição, em julho eram 70%.
Há um ano, eram 39%. A faixa de bom ou ótimo ficou em apenas 3% e outros 16% classificam o governo como regular. De acordo com a pesquisa, 92% afirmaram não confiar no presidente.
Os que confiam são 6%. Para 59% dos entrevistados, o governo Temer está sendo pior do que o da ex-presidente Dilma Rousseff, 31% têm a percepção de que está igual e 8% acreditam que a situação melhorou. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Caso Aécio Neves
O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira um pedido de urgência para que seja apreciado o afastamento do senador Aécio Neves de seu mandato, determinado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal na última terça.
A sanção, acompanhada de recolhimento noturno e proibição de contato com outros investigados, deu-se em substituição ao pedido de prisão protocolado pela Procuradoria-Geral da República.
Senadores entendem que a ordem é próxima a uma prisão preventiva e querem chancelar a decisão em Plenário. A votação, contudo, foi adiada para a semana que vem.
Crise institucional
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, disse nesta quinta-feira que o caso Aécio Neves é um demonstrativo de que o país passa por uma “crise institucional” grave.
“Que prevaleça a ordem jurídica, que prevaleça a lei maior do país, que precisa ser um pouco mais amada pelos brasileiros em geral, que é a Constituição Federal”, disse Marco Aurélio Mello.
“Estamos diante de uma crise institucional, mas será suplantada porque a nossa democracia veio pra ficar. É grave”. O ministro votou contra o afastamento de Aécio das funções parlamentares, assim como Alexandre de Moraes.
Alugueis de Lula
O empresário Glaucos da Costamarques, dono do apartamento vizinho ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou à Justiça que assinou os recibos de aluguel apresentados pela defesa do petista a Sergio Moro todos no mesmo dia, mesmo sem receber nenhum pagamento até novembro de 2015.
Costamarques diz ter assinado os recibos quando levados a ele pelo advogado de Lula, Roberto Teixeira. Lula é réu na ação que o acusa de ter recebido da Odebrecht um apartamento vizinho ao dele em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula como pagamento de propina por benefícios à empresa no governo.
Filhos de Jucá
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a Operação Anel de Giges, que apura desvio de 32 milhões de reais por meio de superfaturamento na aquisição de uma fazenda em Boa Vista e na construção do empreendimento Vila Jardim, do projeto Minha Casa Minha Vida no bairro Cidade Satélite.
Entre os alvos estão os filhos do senador Romero Jucá (PMDB-RR), Rodrigo e Marina, e suas ex-enteadas Ana Paula e Luciana Surita.O marido de Luciana Surita, ex-enteada de Jucá, foi preso em flagrante por posse ilícita de um fuzil 762, uma pistola 45 sem registro e munição.
“São investigadas as transações decorrentes da venda da Fazenda Recreio para a construção do empreendimento Vila Jardim, bem como pela fiscalização e aprovação do empreendimento na Caixa Econômica Federal”, diz nota da PF. O senador não está entre os investigados.
Suspeições de Gilmar
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, vai analisar pedidos de impedimento contra o ministro Gilmar Mendes que Rodrigo Janot havia apresentado ao Supremo Tribunal Federal. Os casos específicos não foram informados pela assessoria da Procuradoria-Geral da República.
“A Procuradora-Geral da República requer vista dos autos para exame da matéria e manifestação eventualmente cabível”, escreveu Dodge. Janot havia pedido impedimento de Gilmar em casos envolvendo os empresários Eike Batista e Jacob Barata Filho, além de Lélis Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro.
Os dois últimos teriam proximidade pessoal com a mulher do ministro, Guiomar Mendes, e Eike seria cliente do escritório do qual ela é sócia.