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ÀS SETE - O BNDES sugeriu, nesta quarta-feira, que o conselho de administração da JBS aponte um novo administrador

Presidente do BNDES (Pilar Olivares/Reuters)

Presidente do BNDES (Pilar Olivares/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 07h01.

Última atualização em 14 de setembro de 2017 às 07h29.

E-mail mostra que Wesley ordenou compra

E-mail interceptado pela Polícia Federal mostra que o presidente da JBS, Wesley Batista, deu ordens aos seus funcionários para a compra de ações da empresa na Bolsa de Valores em 24 de abril, segundo a revista VEJA.

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Neste período, ele e seu irmão negociavam com a Procuradoria-Geral da República um acordo de delação premiada, que viria a público em 17 de maio, provocando uma forte queda no valor de mercado da companhia. Com base ainda no depoimento de três gerentes da JBS, o Ministério Público de São Paulo concluiu que era Joesley quem determinava a venda de ações pela FB Participações, enquanto Wesley, a compra pela JBS.

Com isso, eles teriam utilizado informações privilegiadas para conseguir vantagem indevida, incorrendo no crime previsto no artigo 27-D da Lei 6.385/76, que regula o mercado de valores mobiliários.

Para PF, gabinete de Janot sabia de Miller-JBS

Para a Polícia Federal, o gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não só tinha conhecimento de que o ex-procurador Marcello Miller trabalhava para a JBS como também sabia que ele vinha atuando “de forma indireta” no acordo de delação premiada firmado pela cúpula da empresa.

A informação foi dada com exclusividade na tarde desta quarta-feira pelo site da revista VEJA. As evidências disso, de acordo com os policiais encarregados da investigação sobre o uso de informação privilegiada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, estão em mensagens trocadas por Miller com os principais dirigentes da companhia. O ex-procurador participava de um grupo de WhatsApp com os Batista e diretores da JBS.

BNDES quer novo administrador para JBS

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sugeriu, nesta quarta-feira, que o conselho de administração da JBS aponte um novo administrador.

De acordo com o banco, após a prisão de Wesley Batista, diretor-presidente da companhia, a JBS precisa renovar o quadro estatutário, e a abertura de um processo seletivo para a escolha de um novo CEO. O BNDES é sócio minoritário da JBS, com 21% de participação.

Nomes como os executivos Gilberto Tomazoni (ex-Sadia), Tarek Farahat (ex-P&G) e Cledorvino Bellini (ex-Fiat) já são cotados para assumir o cargo.

CVM na investigação da JBS

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) afirmou, nesta quarta-feira, que trabalha em parceria com a Polícia Federal na investigação da JBS. A empresa é acusada de obter informações privilegiadas em emissões de ações e em operações realizadas pela JBS entre abril e maio deste ano.

A CVM pode multar os acusados e proibir sua atuação no mercado de capitais. O órgão afirmou ainda que dez inquéritos administrativos estão em andamento para analisar operações que são alvo de investigações.

Eike vai cobrir prejuízos da MMX

A 6a Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou que os bens pessoais do empresário Eike Batista sejam utilizados para cobrir prejuízos causados aos credores da mineradora MMX Sudeste. O tribunal já havia decretado o bloqueio de bens de 792 milhões de reais de Eike e das empresas da cadeia societária da MMX Sudeste.

O administrador judicial da MMX Sudeste, Bernardo Bicalho, afirmou que Eike e os controladores da MMX declararam, no pedido de recuperação da empresa, o passivo de 400 milhões de reais. Após análise da Justiça das divergências apresentadas pelos credores, ficou constatada uma dívida de cerca de 1 bilhão de reais.

PSD convida Meirelles para disputar Presidência

A bancada do PSD na Câmara dos Deputados convidou, nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a ser candidato à Presidência da República pelo partido no ano que vem.

O ministro recebeu a proposta com “entusiasmo”, embora não tenha respondido imediatamente, segundo o líder da bancada, Marcos Montes (MG). A declaração de Montes foi dada após uma reunião da bancada com Meirelles que, de acordo com o partido, serviu para “aproximar” o ministro da política.

“O que foi colocado a ele [Meirelles] é que, se existe um nome que preenche os requisitos do mercado, daqueles que realmente vivem o dia a dia da economia, mas principalmente com a sociedade em geral, eu acho que o nome dele cai como uma luva nisso tudo”, disse Montes a jornalistas após o encontro com Meirelles, que é filiado ao PSD.

Por meio do Twitter, Meirelles negou que seja candidato e disse que está focado em seu trabalho na recuperação econômica.

Funaro aponta Geddel e Cunha como operadores de Temer

O corretor Lúcio Funaro confessou, em delação premiada, ser o “grande arrecadador de propina do PMDB” e alegou ter conhecimento de que Michel Temer tem “operadores em diversas áreas”.

Nos anexos de sua colaboração, já homologada pelo Supremo, ele aponta o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-assessor do peemedebista José Yunes como os tais operadores do presidente.

A delação de Lúcio Funaro corrobora com relatório da Polícia Federal que concluiu pela existência de um “quadrilhão do PMDB”. A corporação coloca o presidente em papel central em supostos esquemas de corrupção do partido no âmbito da administração pública.

No documento, a PF atribui vantagens indevidas de 31,5 milhões de reais a Temer e aponta Geddel e Eduardo Cunha como longa manus das negociatas.

Supremo nega suspeição de Janot

Por 9 votos a zero, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta quarta-feira pedido feito pela defesa do presidente Michel Temer para que seja declarada a suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para atuar nas investigações relacionadas ao presidente, iniciadas com as delações da JBS.

Os ministros seguiram o voto proferido pelo relator do caso, ministro Edson Fachin, que negou o mesmo pedido antes de o recurso chegar ao plenário.

No voto proferido na sessão desta tarde, o relator disse que não há indícios de que Janot tenha atuado de forma imparcial e com “inimizade” em relação a Temer. Segundo Fachin, declarações do procurador à imprensa não podem ser consideradas como causa de suspeição.

Lula presta depoimento

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou nesta quarta-feira seu segundo depoimento como réu ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato em Curitiba.

O processo apura supostas propinas pagas a Lula pela Odebrecht por meio da compra de um apartamento vizinho ao dele em São Bernardo do Campo (SP) e de um imóvel que abrigaria o Instituto Lula, em São Paulo.

Segundo o Ministério Público Federal, as vantagens indevidas teriam sido referentes a contratos firmados entre a empreiteira e a Petrobras. Diferentemente do primeiro depoimento, desta vez Lula permaneceu calado sobre algumas questões.

Em outro momento, ele citou o fato de seu ex-ministro Antonio Palocci ter confirmado os crimes atribuídos a Lula no processo.

“A única verdade que ele disse é que ele estava fazendo a delação para obter os benefícios”, afirmou o petista. “Eu não tenho raiva do Palocci, tenho pena dele”, afirmou o ex-presidente.

Comissão Europeia pede mais união

A Comissão Europeia reuniu-se nesta quarta-feira para discutir a situação do bloco pós-Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia). Jean-Claude Juncker, chefe da comissão, pediu aos países do bloco que usem o Brexit e a recuperação econômica para se unirem ainda mais.

Além disso, Juncker afirmou que o momento é propício para eliminar as divisões políticas entre estados do leste e do oeste. Para ele, França e Alemanha devem, mais do que nunca, fundir poderes para criar uma nova estrutura no bloco e excluir a pobreza de países do leste europeu.

O chefe da comissão também afirmou que os 27 países da União Europeia devem entrar para a zona do euro e que a comissão necessita de um ministro europeu de Economia e Finanças para acompanhar as reformas estruturais dos estados-membros.

Suspeitas de bombas na Rússia

Pelo menos 30 locais sofreram ameaças de ataques com bombas na Rússia nesta quarta-feira. Cerca de 20.000 pessoas tiveram de evacuar locais como shoppings, universidades e estações de trem em diversas cidades russas.

De acordo com a imprensa local, o serviço de emergências recebeu, pela manhã, 20 denúncias simultâneas sobre supostos ataques.

Nenhuma bomba foi encontrada nos locais denunciados. Desde o dia 10 o país tem recebido ameaças de supostos ataques terroristas.

Amazon vai ao México

A Amazon pretende construir um depósito de 1 milhão de metros quadrados no México. Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira, a empresa de comércio de produtos eletrônicos pretende construir até o ano que vem um depósito na cidade de Tepotzotlan, a 40 quilômetros de distância da capital mexicana.

Com isso, a empresa pretende conquistar cerca de 120 milhões de clientes potenciais no país, além de renovar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte.

O Nafta tem sido discutido desde o começo deste ano e tem gerado muitas polêmicas: Trump afirmou que deseja sair do acordo, e o governo mexicano disse que tinha um plano B caso o acordo acabasse. Com o estabelecimento no México, a companhia poderá duplicar de tamanho.

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