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Impeachment de Temer; áudios para PGR…

  Impeachment, o retorno O PSOL protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment do presidente Michel Temer. O peemedebista, segundo o documento, teria cometido crime de responsabilidade conforme dispõe o artigo 9º da Lei 1.079/1950, por ter articulado em favor dos interesses do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para liberar […]

GEDDEL E CALERO: áudios devem ir para a PGR para abertura formal de investigação / Marcelo Camargo / Agência Brasil

GEDDEL E CALERO: áudios devem ir para a PGR para abertura formal de investigação / Marcelo Camargo / Agência Brasil

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 18h00.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h08.

 

Impeachment, o retorno

O PSOL protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment do presidente Michel Temer. O peemedebista, segundo o documento, teria cometido crime de responsabilidade conforme dispõe o artigo 9º da Lei 1.079/1950, por ter articulado em favor dos interesses do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para liberar uma obra em Salvador. Como a deflagração do processo depende de aprovação do presidente da Câmara — e aliado do governo —, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o impedimento tem chance nula de prosperar.


Renúncia

No Senado, parlamentares da oposição trabalham para agravar a crise de Geddel. Em discurso no plenário, Humberto Costa (PT-PE) pediu a renúncia do presidente para o brasileiro pudesse “escolher o mandatário”. Pela Constituição, a saída de Temer até o fim deste ano obrigaria a convocação de eleições diretas para o cargo. A também petista Gleisi Hoffmann disse na tribuna que o presidente “não tem condições de governar” com a crise que se impõe.


Quero os áudios

Enquanto a crise no governo é debatida no Legislativo, o Judiciário começa a agir. A Procuradoria-Geral da República pediu oficialmente à Polícia Federal os áudios das conversas do ex-ministro Marcelo Calero com autoridades no caso Geddel. A PGR precisa ter em mãos as provas para abrir processos formais contra autoridades que detém foro privilegiado, caso de Michel Temer e do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Calero prestou depoimentos à PF no último dia 19, quando entregou os arquivos que estão sendo periciados pelos agentes federais.


Quem foi?

No Planalto, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, palacianos tentam identificar quem na Polícia Federal orientou o ex-ministro Calero a gravar suas conversas com ministros. O alerta foi ligado na presidência depois das declarações de Calero ao Fantástico, da TV Globo, em entrevista veiculada neste domingo. “O que eu fiz, até por sugestão de alguns amigos que tenho da PF, nos momentos finais, para me proteger e para dar o mínimo de lastro probatório sobre aquilo que eu relatei no meu depoimento”, disse o ex-ministro ao programa.


Pressão de Delcídio

Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, reafirmou em depoimento à Justiça Federal de Brasília que foi pressionado por Delcídio do Amaral a dissuadir seu pai a fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, nas investigações da Operação Lava-Jato. De acordo com o ex-senador, a ação fez parte de uma articulação para frear as investigações, com coordenação de caciques do PT, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Junto com Delcídio, Lula também é réu na ação de obstrução de justiça.


Muito ouro

Entre 2013 e 2015, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) gastou 1,3 milhão de reais em quatro anéis e um colar da H. Stern, segundo notas fiscais entregues à Polícia Federal na Operação Calicute. A PF suspeita que Cabral usava a compra de joias para lavar dinheiro. Junto com as compras em nome de sua esposa Adriana, a soma chega a 1,93 milhão. Segundo depoimento à Justiça da diretora comercial da empresa, Maria Luiza Trotta, os pagamentos eram feitos sempre em dinheiro.


Reis do Gado

De acordo com o delegado Cleyber Malta, da Polícia Federal, a Operação Reis do Gado identificou 200 milhões de reais em patrimônio do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), em nome de terceiros, entre 2005 e 2012. A ação investiga lavagem de dinheiro por meio da dissimulação e ocultação dos lucros ilícitos, através de compras e recompras de fazendas no sudoeste do Pará. Segundo declaração de Malta nesta segunda-feira, configuraria o crime o fato de laranjas envolvidos devolveram o patrimônio vendido sem receber “nada em troca”, driblando o fisco. Até o momento, a defesa do governador se pronunciou apenas para dizer que não teve acesso à decisão da Justiça.


Caso Matsunaga

Quatro anos e meio depois do crime, começou nesta segunda-feira o julgamento do caso Matsunaga. Elize Matsunaga, então esposa do empresário Marcos Matsunaga, herdeiro do grupo Yoki, é acusada de assassiná-lo na noite de 19 maio de 2012. A previsão é que o julgamento dure cinco dias, com decisão por júri popular. Elize é ré confessa do crime, mas busca no tribunal uma pena mais branda, por homicídio simples (6 a 20 anos).

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